Preço do suíno vivo cai 21% em MT

Os registros de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná em 2006 e o recuo sazonal das importações da Rússia no início de ano derrubaram a cotação do suíno vivo em Mato Grosso desde outubro passado. Hoje o valor médio é comercializado a R$ 1,55 o quilo (kg), 21% mais barato do que o vendido em março do ano passado, cotado em R$ 1,89. Em relação a fevereiro, a queda do preço médio é de 9,6%, quando a cotação registrou R$ 1,70 o quilo.

O suíno vivo integrado está cotado em R$ 1,45 somando a bonificação de 3,5% a 4%, está 16,18% menor em relação ao mês passado. A venda da peça independente é de R$ 1,60 e a carcaça para exportação R$ 2,70, cotadas 8,5% e 3,5% mais baratas do registrado em fevereiro.

Nos três últimos meses de 2006, mesmo com os preços em queda, o suinocultor conseguiu fechar as contas, cobrindo o custo da produção que oscila entre R$ 1,30 e R$ 1,60. O crescimento de 143,03% nas vendas externas da carne suína colaboraram para o equilíbrio financeiro do produtor. "Como as exportações se restringiram em grande escala apenas para Mato Grosso e Rio Grande do Sul houve esse incremento maior que em 2005", explica o gerente-administrativo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat/MT), Custódio Rodrigues.

Mas por outro lado, a redução nas compras da carne suína mato-grossense pelo principal comprador internacional no início de 2007 e os impasses relacionado ao possível embargo da Rússia junto às carnes brasileiras aumentaram os estoques do produto no mercado interno e os preços despencaram. A proximidade da Semana Santa, época em que há maior procura pela carne de peixe, colabora para a baixa nos preços.

A expectativa da Acrismat é da retomada das exportações a partir de abril, já que a Rússia começou a rever os contratos dos exportadores mato-grossenses. "Os rumores de que a Rússia ameaça interromper a compra em função das preocupações relacionadas às condições fitossanitárias afetou os preços".

Em 2006, Mato Grosso exportou 11,724 mil toneladas de carne suína, totalizando US$ 23,736 milhões, ao passo que em 2005, foram comercializados 5,315 mil toneladas, gerando R$ 9,767 milhões em divisas.