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Agronegócios
Quarta - 14 de Março de 2007 às 11:02

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Previsão de embarque é de 8 milhões de toneladas, para colheita de 13 milhões de toneladas. Com mais de metade da segunda safra de milho plantada e uma estimativa de colheita maior que 13 milhões de toneladas, as exportações do cereal poderão superar as previsões iniciais - antes avaliadas em 6,5 milhões de toneladas.

Acredita-se em um embarque de 8 milhões de toneladas ou 60% da safrinha. Confirmado este volume, a receita obtida com o grão será de US$ 1,3 bilhão na safra atual, segundo cálculos do governo.

Apenas o que já está contratado para o envio ao exterior - 2,4 milhões de toneladas - representa 60% de todo o volume exportado na safra passada - 3,85 milhões de toneladas. Em média, os contratos estão saindo a US$ 150 a US$ 180 a tonelada - o maior preço dos últimos 10 anos.

"Tudo o que se agregar com a safrinha irá para o mercado externo", diz o analista Carlos Cogo, da Cogo Consultoria Agroeconômica. Segundo cálculos da AgraFNP, com as duas safras de milho, o País vai colher 48 milhões de toneladas para um consumo de 39 milhões de toneladas - o que daria uma sobra de 9 milhões de toneladas, passíveis de serem exportadas. "Mesmo que exportemos 8 milhões de toneladas, ainda teremos estoques suficientes", afirma Fábio Turquino Barros, analista da AgraFNP. Isso porque, da safra passada, há um estoque de 5 milhões de toneladas.

Estimativas de consultorias mostram que o plantio da segunda safra do milho, na média brasileira, está entre 50% e 70% realizado na maior área da história: 3,87 milhões de hectares, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No mesmo período do ano passado, o cultivo era de 30%, mas a superfície era menor: 3,3 milhões de hectares.

"Vai ter gente que vai plantar mesmo depois do período apropriado", diz Sereni Paludo, analista da AgRural. Segundo ele, esta área ainda pode ser maior, sobretudo no Paraná, onde o clima satisfatório está possibilitando o avanço do plantio do milho mais que o previsto. "A safrinha está crescendo em todos os lugares, mas onde o produtor está mais preparado é no Paraná e em Mato Grosso, onde os percentuais estimados são de 10% de aumento", diz Paulo Molinari, analista da Safras & Mercado.

Teoricamente, o prazo máximo para o cultivo seria esta primeira quinzena de março. No entanto, os preços remuneradores podem estimular o cultivo. De acordo com a AgraFNP, em janeiro, quando o produtor estava tomando a decisão para o plantio da safrinha, as cotações do cereal estavam, respectivamente, 40% e 60% superiores ao mesmo período do ano passado no Paraná e em Mato Grosso, os dois maiores produtores da segunda safra de milho. O estado com plantio mais avançado é Mato Grosso - cerca de 85%- , seguido pelo Paraná (65%) e Goiás (60%), segundo a AgraFNP. Molinari diz que o plantio chegou a ficar atrasado devido às chuvas, mas que agora está normalizado.

Preços:

A colheita da primeira safra fez as cotações do cereal recuarem até 15% em relação ao início do ano nas principais praças consumidoras, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Mas a estimativa de analistas de mercado é que o preço atual - na casa de R$ 21 a saca no Paraná - é o piso para esta primeira safra.

Cogo alerta para o produtor escalonar a venda, uma vez que no segundo semestre, as cotações também podem ser afetadas pelo desempenho dos Estados Unidos. A estimativa é que o plantio, que começa em abril, possa ser maior que esperado.





Fonte: Clube do Fazendeiro

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