<b>Fechamento de atividades econômicas geram protestos em Alto Paraguai</b>
Impossibilitados de trabalhar desde a semana passada, garimpeiros e minhoqueiros organizaram um manifesto, nesta segunda-feira (12), na Praça João Thomas, área central da cidade, recebendo a solidariedade de políticos, comerciantes, estudantes e funcionários públicos municipais e estaduais no município. A sociedade em geral, teme uma crise econômica sem precedentes, caso uma das principais atividades econômicas locais, seja mesmo proibida de continuar. O município de Alto Paraguai vive basicamente destas duas atividades, o garimpo e a minhocultura.
O fim da extração mineral, já estava previsto desde que foi criada a Área de Proteção Ambiental, em 2006, porém em razão de vários protestos e movimentos, ganharam um prazo de nove meses para que regularizassem a situação, o que não se efetivou, alegando os garimpeiros que por questões burocráticas, não conseguiram atender as exigências dos órgãos ambientais e do DNPM.
Dos mais de 5.700 habitantes, de acordo com dados do IBGE, cerca de 2 mil pessoas vivem da atividade garimpeira e outras 100 famílias da captura de iscas vivas, inclusive organizada através de uma associação de produtores de minhocas
As lideranças buscam com o protesto chamar a atenção para o caos social criado com o fim das duas atividades, colocando centenas de famílias em situação de sobrevivência complicada, já que não outra fonte de renda ou atividade capaz de absorver a mão de obra oriunda do garimpo e da minhocultura.
Uma comissão foi criada com o objetivo de tentar convencer o DNPM, Metamat e SEMA, a dar um novo prazo para a regularização das atividades, demonstrando o problema social causado com o impedimento do trabalho nas duas áreas e a dificuldade encontrada para atender as exigências dos órgãos e também sobre a organização dos garimpeiros em forma de cooperativa.
O prefeito municipal, Umbelino Alves de Campos, Bilú, demonstrou estar bastante preocupado com a situação e convocou toda a sociedade para engajar na luta em defesa dos trabalhadores, já que a paralisação das atividades tem implicação na vida de toda a cidade. “Estamos nos colocando à disposição para ajudar no que for preciso, por que sabemos da importância da preservação do meio ambiente, mas não podemos fechar os olhos para o problema social que teremos com o fim destas atividades, vamos tentar sensibilizar as autoridades para que encontremos uma saída consensual que atenda ambos os lados” disse Bilú.
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