<b>Audiência pública vai discutir regularização fundiária em Nova Marilândia</b>

Uma audiência pública a ser realizada no próximo dia 20 de março, em Nova Marilândia, discutirá a regularização fundiária das Glebas Pompéia com 7.500 ha, prevista para assentar cerca de 150 famílias e Santo André de 5.400 ha com 100 famílias, situadas nas divisas do município de Nova Marilândia com Santo Afonso.

As duas áreas pertencem ao Grupo Itamaraty e um comodato firmado com a Fetagri em 2000, possibilitou o assentamento de 250 famílias nas duas propriedades, mas o projeto de regularização foi inviabilizado em função de laudos divergentes da equipe técnica do INCRA, que questiona a produtividade ou não da área, gerando assim um impasse que já dura sete anos.

Hoje as famílias assentadas na área sobrevivem de diversas cadeias produtivas, como a bovinocultura de leite, plantio de abacaxi, cultura do arroz, entre outras atividades.

A audiência pública será realizada no centro de eventos sociais de Nova Marilândia, onde estarão presentes, representantes da Fetagri, Incra, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Governo do Estado, Ministério Público, Judiciário, prefeito, vereadores, lideranças da região e os próprios assentados. Está prevista também a participação do Deputado Federal Carlos Abicalil e representantes da Assembléia Legislativa.

O prefeito do município, José Aparecido dos Santos, Cidinho, que está ajudando na organização da audiência pública, afirma que será uma oportunidade de mostrar que além da viabilidade do assentamento, há a necessidade de se resgatar uma divida social que o governo possui com as famílias que estão assentadas nas áreas, uma vez que há mais de oito anos elas foram levadas com a promessa de se tornarem assentados da reforma agrária, mas até agora não receberam nenhum tipo de incentivo. As famílias moram em condições precárias, em barracos de lona ou palha e não tiveram nenhuma linha de crédito para desenvolverem atividades produtivas na propriedade, sobrevivendo em situação de miséria, sem energia elétrica, água potável e saneamento básico. O atendimento de saúde é feito de forma precária.

Na audiência pública, será apresentado um projeto de viabilidade sócio econômica das áreas, e a expectativa e que após a discussão seja efetivada a regularização das Glebas Pompéia e Santo André.

Gleba Ariranha – Outra propriedade, com 10 mil ha, a Gleba Ariranha, onde devem ser assentadas cerca de 218 famílias, está sendo viabilizada à regularização da área, através de um encontro de contas com o Governo do Estado e a Usinas Itamaraty, que está pendente por conta de entraves burocráticos.