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Domingo - 11 de Março de 2007 às 10:51
Por: Edivaldo de Sá

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Ao menos um terço da população de Alto Paraguai (218 km a Médio-Norte de Cuiabá) está envolvida numa atividade alternativa de renda que poderá projetar o Município no cenário nacional: a captura de iscas vivas utilizadas na pesca. Na região, a minhocultura se apresenta como uma nova cadeia produtiva, a qual conta com o apoio do Estado.

Para tanto, nesta sexta-feira (09.03) o secretário extraordinário de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato, visitou, pela segunda vez, uma das empreendedoras deste nicho de mercado, a empresária Elisete da Silva Bandeira, que está organizando uma associação que já emprega mais de 100 famílias. “Temos que organizar esse segmento da minhocultura e agregar valor com a produção turvira, por exemplo. Nós queremos ajudá-la para abrir um novo mercado”, disse Vettorato.

Criada ano passado, a associação é um exemplo de alternativa de renda, cuja atividade econômica gera emprego e renda no Município. Atualmente, Elisete compra o litro da isca a R$ 10,00 e vende a R$ 15,00 para outros Estados como Rondônia, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de Municípios mato-grossenses. Cada produtor consegue extrair até 10 litros por dia. “Nós tivemos que nos organizar para, juntos, conquistarmos o nosso espaço no mercado”, disse ela.

Com o apoio do Sebrae, o Governo do Estado vai estimular a minhocultura de forma a garantir a comercialização organizada da atividade explorada em parceria com o Sebrae. A exemplo de outras cadeias produtivas do Programa MT Regional, o projeto desta alternativa econômica que sucede a garimpeira, terá começo, meio e fim. “O que nós queremos é fortalecer o pequeno produtor”, disse o coordenador do MT Regional, Neurilan Fraga.

Na visita, o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Vivaldo Lopes, enumerou algumas ações que precisam ser efetivadas para o fomento desta atividade, tais como: investimentos em projeto de irrigação, treinamento de pessoal, aquisição ou arrendamento de área, manejo, estudo de mercado e divulgação, entre outras iniciativas.

Com compradores cativos há dez anos, a associação pretende ampliar os negócios. A minhocultura é a única atividade agro-zootécnica cuja colheita de dois produtos: a minhoca (carne) propriamente dita e o seu húmus, têm como finalidade a pesca, como isca, composição de farinhas protéicas para diversos fins, Indústria farmacêutica para fabricação de medicamentos, agricultura, recuperação de solos áridos, entre outras funções. Informações sobre esta atividade podem ser obtidas pelos telefones 3396-1334 ou 9916-0191.

Além de Vettorato, também participaram da reunião o deputado estadual José Domingos Fraga (PFL) e a presidnete da Agência Estadual Reguladora (Ager), Márcia Vandoni.





Fonte: Repórter News

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