Vereadores repudiam reportagem discriminatória a pioneiros do nortão
Para Doglas Arisi (PP), que está na cidade há 30 anos, trata-se de uma reportagem vergonhosa e mostra que o autor se quer conhece a realidade da região. “É uma vergonha, pois nos trata como sulistas imbecis. É lastimável”, considerou. “Essa pessoa tem que pagar por essa reportagem discriminatória. Não podemos tolerar que nos chame de canalhas”, completou o vereador.
O Poder Legislativo já afirmou que não ficará apenas no campo administrativo, e que recorrerá à Justiça para que a cidade de Alta Floresta seja ressarcida, já que a reportagem, além de discriminar o povo, pede para que os leitores não visitem a região, gerando imagem negativa e perdas em relação aos negócios e o futuro do município.
Paulo Florêncio (PFL), presidente da Câmara Municipal, também criticou o episódio e disse “que todos os problemas relacionados às mudanças climáticas no mundo são atribuídas a nós, da região amazônica. Aí vem uma pessoa – supostamente parente da Família Da Riva, que nos convidou para vir para o nortão – nos tachando de bandidos”. Florêncio citou o tempo do Brasil Colônia, onde os trabalhadores eram considerados verdadeiros brasileiros e, por isso o sufixo eiro em determinadas profissões, como madeireiros, hoje tachados de bandidos pela reportagem. “Hoje madeireiro é considerado bandido. Está errado, na contra-mão. Precisamos de pessoas para nos ajudar e não nos denegrir”,
CONFUSÃO GERAL
Num contato com Vicente Da Riva, o ex-prefeito revelou que há uma grande confusão gerada pela publicação de informações incorretas, sobretudo relacionadas à sua filha, Carolina e o marido dela, Eduardo Fragoso Di Peta. Segundo Da Riva não há qualquer ligação do casal com a Revista Vero. “Ela é uma repórter-fotográfica profissional e, simplesmente, por ter um grande banco de imagens de Alta Floresta, vendeu as fotografias para a Revista. Quem fez o texto é uma pessoa que ela nem conhece e que não tem qualquer relação com meu genro”, explicou Vicente.
O ex-prefeito Vicente Da Riva, a exemplo dos vereadores, também repudiou a reportagem e disse que “Eduardo Logullo merece ser processado, pois ofendeu a todos, inclusive a mim, pois também sou fazendeiro e madeireiro”. “Meus 30 anos de profissão como engenheiro são dedicados a Alta Floresta e minha filha há 10 anos faz reportagens aqui. As fotos feitas por ela para ilustrar a matéria foram vendidas em novembro à Revista. Ela e Logullo nem se conhecem”, argumenta o ex-prefeito chateado com a situação criada em torno de sua família.
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