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Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Sexta - 26 de Janeiro de 2007 às 15:27

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O pastor Eliezer Martins, da igreja Assembléia de Deus, preso na tarde desta quinta-feira em Cuiabá, acusado de vender diplomas falsos, também era investigado pela polícia de Barra do Garças. De acordo com as investigações, os diplomas eram vendidos em várias cidades de Mato Grosso por até R$ 800.

Segundo o promotor de Justiça, Tiago de Souza Afonso da Silva, as investigações começaram no inicío 2005 quando a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc) recebeu uma denúncia anônima contra Eliezer. Acusado de ter aplicando avaliações de ensino fundamental e médio pelo valor de R$750,00 na cidade de Juara.

Os diplomas eram supostamente emitidos pelos colégios Adjetivo – Unidade I, Juan Miró e Instituto de Formação Acadêmica Cultural e Educacional, localizados nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em Rondonópolis, o pastor era representado por Fabrício Camargo de Oliveira, também indiciado no inquérito.

Na tentativa de passar a imagem de que realmente era representante de uma instituição de ensino o acusado teve por algum tempo a frente do Instituto de Formação Acadêmica Cultural e Educacional na cidade de Barra do Garças, onde estaria promovendo ensino supletivo para jovens e adultos à distância, muito embora não fosse credenciado nem mesmo autorizado a fazê-lo.

Constatada a fraude, em agosto de 2005, a Seduc expediu uma portaria anulando todos os documentos emitidos por Eliezer. Desde então, vários portadores de diplomas falsos foram ouvidos durante as investigações. Os depoimentos eram sempre muito parecidos , geralmente as provas eram aplicadas em um hotel nas cidades do interior do Estado.

Durante as investigações, além das vítimas a polícia também ouviu o proprietário do colégio Juan Miró, Ronaldo Pimenta de Carvalho, que disse desconhecer a existência de uma unidade extensiva de sua escola em Mato Grosso, afirmando nunca ter tido contato com o pastor. Para a conclusão das investigações é necessária ainda a oitiva dos representante do colégio Adjetivo e Iface ( Instituto de Formação Acadêmica Cultural e Educacional do qual o indiciado dizia ser representante.

Na tarde desta sexta-feira o promotor Tiago Afonso encaminhou o inquérito à Delegacia de Polícia Civil de Barra do Garças para que as investigações sejam concluídas.

Na quinta-feira, foram encontrados, na casa do pastor, atestados de escolaridade, certificado de conclusão e cerca de 50 cheques preenchidos. Os atestados de conclusão de cursos falsificados eram de primeiro e segundo graus.





Fonte: RMT-Online

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