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Agronegócios
Quarta - 24 de Janeiro de 2007 às 11:02

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Uma aliança formada por Brasil, Argentina, Austrália, Canadá, Uruguai, Guatemala e os 27 países da União Européia (UE) foi criada para pressionar os Estados Unidos a reduzir seus subsídios no setor agrícola. Depois de Brasil e Argentina se unirem ao processo na sexta-feira, como antecipou a Agência Estado, ontem foi a vez de os europeus, centro-americanos e uruguaios também enviarem uma carta à Organização Mundial do Comércio (OMC) solicitando a participação em uma queixa contra a ajuda dada pelo governo norte-americano a seus produtores agrícolas, principalmente no setor do milho.

O Canadá havia entrado com a queixa depois de ter constatado que os subsídios americanos ao milho violam as regras internacionais, afetam as exportações canadenses e ainda geram uma depressão nos preços internacionais do produto. Com a adesão do bloco de outros 32 países que se queixam dos Estados Unidos, a disputa foi além e passou a atacar não apenas os subsídios ao milho, mas os créditos aos produtores e o teto estabelecido para que os americanos possam subsidiar seus produtores no setor de soja e cana-de-açúcar. Diante da queixa generalizada contra praticamente todos os subsídios americanos aos principais setores agrícolas, o caso tem tudo para se tornar um dos mais polêmicos dos últimos anos.

Rodada estagnada - Washington se recusa desde julho a aceitar um corte maior em seus subsídios domésticos, o que paralisou a rodada de negociações da OMC. Os americanos querem estabelecer um teto de US$ 22,5 bilhões por ano a seus subsídios, mas países europeus, Brasil e outros pedem que o teto seja inferior.

O caso ainda promete ter uma repercussão importante na formulação da nova lei agrícola americana, que está em debate no Congresso americano e que estipulará o volume de subsídios nos próximos cinco anos. A esperança dos países que abriram a queixa é de que os parlamentares americanos sejam pressionados a rever seus subsídios diante do caso na OMC.

Etanol - Para o Brasil, o caso também é o primeiro a tocar em uma disputa internacional pelo futuro mercado de etanol. Nos Estados Unidos, o milho subsidiado está sendo o usado para a produção de etanol. "Há dezenas de usinas sendo criadas nesse esquema", acusa Clodoaldo Hugueney, embaixador do Brasil na OMC. Os Estados Unidos são, hoje, o segundo maior produtor de etanol do mundo, superados apenas pelo Brasil. (fonte: Agência Estado)





Fonte: Clube do Fazendeiro

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