Avião sumido em Sinop pode ter sido seqüestrado, diz Fab

Investigadores da FAB (Força Aérea Brasileira) ainda não localizaram o monomotor que desapareceu no domingo de manhã quando voava de Tangará da Serra a Sinop, região norte de Mato Grosso.

As autoridades já admitem que o aparelho possa ter sido seqüestrado ou roubado. Há históricos antigos e recentes de roubo e sequestros de aviões na região. Quadrilhas especializadas nesse tipo de crime costumam levar os monomotores para o território boliviano, que fica perto dali.

Militares da FAB declararam à imprensa de Sinop que se o monomotor 710 prefixo PT-NRT tivesse caído na região onde teria desaparecido, já deveria ter sido localizado.

Isso porque dentro dos aviões são acoplados um equipamento conhecido como ELT (Emergenry Locator Transmitter) também chamado de localizador de emergência.

No caso, a equipe de busca já teria identificado o local da queda, caso o sinalizador estivesse funcionando. E, para os militares, dificilmente o ELT falha.

Jocemar Petroski, dono do avião, disse que Cleverson de Souza pilotava o aparelho e deveria estar só durante o vôo. O proprietário informou ainda que o monomotor havia decolado no sábado de Sinop para Tangará da Serra. O piloto levou um tio de Petroski até Sinop e o plano era o de retornar no dia seguinte.

Reportagem mostrada na noite desta quarta-feira pela TV Centro América afirma que o avião havia sido abastecido por álcool combustível, o que é proibido.

Já à imprensa de Sinop, Petroski disse que nada de errado havia com sua aeronave, incluindo as inspeções que teria legalizado o trânsito do monomotor. Ele sustentou ainda que seu avião havia sido abastecido gasolina e não com álcool. Pessoas que o entrevistaram e funcionários do aeroporto de Sinop disseram que Petroski explora o mercado da aviação em Sinop “já há algum tempo”.

O monomotor de Petroski normalmente ficava num dos hangares da Estância Canarinho, a 11 quilômetros de Sinop. É nesse local onde os pilotos guardam os aviões de pequeno porte da região.