Polícia procura “empresário” do ramo

A Polícia tenta localizar Ronaldo Adriano Pereira Gomes, o “Buiú”, de 21 anos, investigado como chefe de um esquema conhecido como “rent a gun”, que aluga armas para quadrilhas fazerem assaltos. Os ladrões pagam o aluguel com o próprio dinheiro roubado. Ele é apontado como quinto integrante do bando que roubou cerca de R$ 50 mil em jóias na semana passada, no Jardim Itália, em Cuiabá. Além desse roubo, ele é investigado por outros, justamente pelo empréstimo de armas.

Pelo assalto estão presos Fagner Gonçalves da Silva, de 23 anos, Max Johnny Saraiva Silva, de 23, Alessandro Francisco de Souza, de 23, e Evancley Farias de Souza, de 26. “Na verdade, o bando é bem maior. São mais de 10 integrantes. Outros três foram presos no final de novembro por tráfico de drogas, formação de quadrilha e roubo”, explicou um policial plantonista.

Conforme as investigações, um dos quatro envolvidos diretamente no roubo apontou Ronaldo como a pessoa que alugou o revólver calibre 357 mm usado no assalto. O aluguel incluiu também a motocicleta Honda Tornado apreendida com os assaltantes.

As investigações apontam que Ronaldo, pelo aluguel, ficaria com parte das jóias roubadas, mas um dos presos alegou ter combinado o “pacote”, por R$ 150.

O roubo das jóias ocorreu na sexta-feira de manhã, após o vendedor de jóias sair de seu apartamento, no bairro Bosque da Saúde, e seguir de carro até o Jardim Itália. Ao abrir a porta do carro, foi rendido por Fagner e Max, que tomaram o mostruário com jóias avaliadas em cerca de R$ 50 mil. Em seguida, os ladrões venderam os produtos por R$ 7 mil. Do total, foram recuperados R$ 25 mil em cheques de clientes e R$ 2.450 em dinheiro.

“Esse bando seguia a vítima havia 15 dias procurando o momento ideal de assaltá-la. No dia do assalto, escoltaram o Fox do prédio onde o vendedor mora até o Jardim Itália”, explicou um policial que participou da prisão.

Ronaldo é foragido da Justiça e, além disso, está com a prisão preventiva decretada pela participação em outro assalto ocorrido em novembro, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá. Desde então, policiais do Complexo do Planalto tentam localizá-lo, mas não obtêm êxito.

Há dois anos, Ronaldo foi condenado a 12 anos de prisão como executor do fiscal da Fazenda estadual Edelvás Mendonça Cacia, ocorrido no dia 3 de outubro de 2003. O jovem, no entanto, ganhou notoriedade em setembro de 2002 ao manter um estudante do Liceu Cuiabano sob a mira da sua arma.