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Sexta - 05 de Janeiro de 2007 às 20:05

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A previsão climática para os meses de janeiro a março indica uma firme temporada de chuvas. O reflexo do clima chuvoso é o desgaste maior das rodovias e aumento dos gastos para transporte de grãos no Centro-Oeste. Pelos cálculos da Transportadora Rodogrande, que atua na região, há um acréscimo de 20% a 25% no custo do frete no período por conta da condição das estradas.

"As chuvas devem vir dentro do padrão de normalidade", afirma a meteorologista da Somar Meteorologia, Cássia Beu. O problema é que a "normalidade" para a Região Centro-Oeste nestes meses é justamente de muita chuva, com índices pluviométricos que variam de 150 a 300 milímetros.

Com tal volume de precipitações, a região, que é uma das mais importantes rotas de escoamento da safra brasileira de grãos, enfrentará mais problemas para transportar a produção local. Alvo constante de reclamações dos agricultores, transportadores e cerealistas, a condição das estradas locais deve piorar sensivelmente após o período. A temporada de chuvas perdura até fevereiro, coincidindo com os carregamentos da soja no extremo norte de Mato Grosso.

A meteorologista da Somar alerta para o risco de ocorrerem chuvas torrenciais por até três dias consecutivos. Com isso sobe o nível dos rios e diminui a impermeabilidade do solo, afirma Beu. Eventos como estes são intensificados em regiões mais planas, como no Centro-Oeste, porque dificultam o escoamento das águas. "Depois de tanta chuva forte pode levar dias para a água das chuvas escoar", explica.

Previsão

Para o centro-oeste de Mato Grosso, área produtora de grãos e algodão e importante rota de escoamento da safra, o índice pluviométrico deve ficar em torno de 300 milímetros, de acordo com a projeção da Somar. Ainda no Centro-Oeste, a parte centro-sul do Mato Grosso do Sul é outra área que deve sofrer com a temporada de chuvas. Para a região, a estimativa da Somar indica que o volume de precipitações deve recuar para 100 milímetros somente a partir de março. Até lá, deve variar entre 150 e 200 milímetros.

"O asfalto fica deteriorado com as fortes chuvas e a movimentação de caminhões pesados", afirma o encarregado de transportes da Rodogrande, Washington Luís. Só para manutenção, os caminhoneiros gastam 30% mais no período, afirma Luís. "Nós vemos o pessoal do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) na estrada, mas são trabalhos emergenciais", afirma. Segundo ele, é preciso fazer recapeamento, duplicação e manutenção preventiva.

No norte de Mato Grosso, o fluxo de caminhões carregados com soja tem início já na segunda quinzena de janeiro, em meio à temporada de chuvas. Entretanto, o trabalho do DNIT é paralisado na estação chuvosa. Luís explica que neste período circulam pelos municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso - principais produtores - cerca de 6 mil caminhões diariamente que carregam 40 toneladas cada um.





Fonte: AE

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