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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 04 de Janeiro de 2007 às 07:44

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O preço do álcool combustível deve subir nos próximos dias em Mato Grosso. De acordo com a assessoria do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindpetróleo), ainda não há confirmação de aumento de preço em Mato Grosso, mas a tendência é de que o combustível vai subir em razão da pouca oferta durante este período de entresafra. Os estoques de algumas usinas em Mato Grosso acabaram. Alguns postos já enfrentam dificuldades para adquirir o combustível. O aumento pode chegar a 10%, como já está ocorrendo em São Paulo e outros estados do país.

Outra conseqüência do aumento no preço do álcool é o aumento de preço também da gasolina. O combustível recebe mistura de álcool. Esse índice de mistura até aumentou no final do ano passado, como forma de incentivar o consumo do álcool e atender a demanda de comercialização avaliada como ideal pelas usinas. Como forma de controlar o preço do álcool, o governo Federal pode reduzir novamente o índice de mistura.

Aumento nos preços de combustíveis significa também uma pressão nos preços de outros produtos e serviços. Pneus, peças, frete e até alimentos também sofrem aumento de preços em um efeito cascata provocado pelo comportamento nos preços dos combustíveis.

Empresários do setor já afirmam que o preço do álcool deve subir em 15 dias. Eles alegam que o período é de entressafra e a retomada da produção está sendo prejudicada pelas chuvas. Em 2005 o preço do álcool aumentou, chegando a R$ 2,4 no interior do Estado. Segundo especialistas, o uso de álcool combustível só compensa quando o preço está 30% abaixo do preço da gasolina.

Interferência do governo

No dia 20 de novembro de 2006, entrou em vigor um decreto do governo Federal que aumentou o percentual da mistura do álcool na gasolina de 20% para 23%. Com a decisão o consumo adicional de álcool deveria aumentar em até 300 milhões de litros até o dia 30 de abril de 2007, segundo cálculos do governo. A previsão era elevar esse índice para 25% a partir deste mês de janeiro.

O país já passou por uma forte pressão no preço do álccol na entre-safra do ano passado. Em fevereiro de 2006 o governo teve que reduzir 25% para 20% a mistura de álcool na gasolina, para reduzir o consumo e tentar segurar os preços. Em novembro, com os estoques autos o governo voltou a estimular o uso do álcool. Agora pode mudar de estratégia novamente para segurar o preço do combustível.

Entrevistado pelo RMT Online em novembro do ano passado, o economista Vivaldo Lopes afirmou que não hveria risco de disparada nos preços do álcool neste início de 2007. O governo Federal já teria se precavido desse risco.

"O Governo enfrentou este problema no início de 2006 e agora ficou mais esperto. A mistura do álcool anidro na gasolina era de 25%, caiu para 20% com a crise de 2006 e voltou a 23% no final de novembro. Essa decisão mostrou cautela do governo. Em vez de pular de 20% para os mesmos 25% adicionados anteriromente, o governo aumentou primeiro para 23%. Em janeiro de 2007, na entre-safrea, ele poderá voltar para os 20% ou até diminuir ainda mais, tudo dependerá do mercado. O governo não quer ser surpreendido novamente", explicou à época Vivaldo Lopes.





Fonte: RMT-Online

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