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Terça - 28 de Novembro de 2006 às 11:28

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A Justiça Federal adiou o depoimento que o governador Blairo Maggi concederia hoje como testemunha de defesa de Moacir Pires de Miranda Filho, que foi detido no ano passado durante a Operação Curupira. Moacir Pires era ex-secretário da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema).

O depoimento de Maggi, previsto para acontecer na tarde desta terça-feira no gabinete dele no Palácio Paiaguás, foi adiado porque o governador está viajando. A justiça determinou que o depoimento será realizado no dia 11 de dezembro, às 15h, também no gabinete.

Pires é acusado por formação de quadrilha, crime contra a paz pública, crime contra a administração pública e crime contra o meio ambiente. O processo está sob a responsabilidade do juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal de Mato Grosso.

Moacir Pires arrolou como testemunha de defesa o governador Blairo Maggi e o ex-secretário de Meio Ambiente do Estado, Frederico Guilherme Müller, que atuou na pasta durante o governo de Dante de Oliveira. A oitiva de Frederico Müller está marcada para o dia 7 de dezembro, na Justiça Federal.

Defesa

Em depoimento à Justiça Federal em junho do ano passado, Moacir Pires negou que tenha recebido propinas para conceder licenciamentos ambientais e que tenha pedido ao ex-diretor de Florestas da Fema, Rodrigo Justus de Brito, que concedesse licenças ambientais irregularmente. Pires, na época, afirmou que não se recordava de ter autorizado desmatamentos em área de preservação ambiental. Segundo o réu, os documentos chegavam prontos à mesa dele, faltando apenas assinar.

O caso

Moacir Pires de Miranda foi denunciado, durante a Operação Curupira, por crime administrativo ambiental, formação de quadrilha e de uso do cargo público para beneficiar terceiros. Ele chegou a ficar oito dias preso. Meses depois, Pires foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por crime de concessão de licença ambiental irregular, porque teria autorizado o funcionamento de seis projetos de piscicultura, instalados em área de preservação permanente.

A Operação Curupira, da Polícia Federal e Ministério Público Federal, foi resultado de nove meses de investigação e desarticulou uma das maiores organizações criminosas do país, composta por madeireiros e despachantes especializados na extração e transporte ilegal de madeira, mediante corrupção de servidores públicos do Ibama e da extinta Fema.

A quadrilha atuava há 14 anos em Mato Grosso, Pará, Rondônia, Santa Catarina e Paraná. Segundo as investigações da PF, foi responsável pela retirada ilegal de quase 2 milhões de metros cúbicos de madeira. A megaoperação foi deflagrada no dia 2 de junho de 2005. Foram presos, além de Pires, o ex-gerente executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Mato Grosso, Hugo José Werle, o ex-diretor de Florestas do Ibama, Antonio Carlos Hummel e mais 97 pessoas.





Fonte: RMT-Online

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