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Quarta - 25 de Outubro de 2006 às 06:50
Por: Nelson Francisco

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A partir da próxima semana, produtores de algodão de Mato Grosso já poderão comercializar sua produção com muito mais rapidez e segurança, graças à implantação do Laboratório de Classificação de Algodão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), inaugurado nesta terça-feira (2410), no Município. Das amostras que levavam dez dias para serem concluídas em São Paulo, os resultados saem agora em 72 horas em Mato Grosso. De cara, os produtores ganham agilidade e economizam no frete, um dos componentes que encarecem a comercialização da pluma no Estado que é responsável por 50% do algodão brasileiro, e 70% das exportações do Brasil.

Presentes à inauguração, o secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato, e o adjunto de Gestão e Agronegócio, Rodrigues Palma, elogiaram a iniciativa da BM&F e a parceria da 4ª maior bolsa de commodoties do mundo com o Estado. “Sorriso ganha um presente com investimentos expressivos e permite que a região tenha um laboratório de classificação com a credibilidade da BM&F”, disse Vettorato.

Primeira filial da BM&F fora de São Paulo, o laboratório com 735 metros quadrados é dotado do equipamento tipo High Volume Instruments (HVI), um instrumento de alta precisão que permite a classificação computadorizada da fibra de algodão, com capacidade para classificar 1,2 mil amostras por dia, uma a cada 30 segundos. “Sorriso é um grande produtor de algodão e nada mais justo de estar recebendo esse empreendimento”, afirmou o secretário.

Mais que um laboratório, a unidade em Sorriso será também um escritório de gerência de programas e divulgação de produtos agrícolas, anunciou o presidente do conselho de administração da BM&F, Manoel Félix Cintra Neto. No mercado agrícola isso significa garantia de comercialização rápida e ágil, a exemplo das principais bolsas de valores do mundo. “Queremos fazer de Sorriso uma ponta de lança para se atingir em todo o Brasil a volatabilidade dos preços agrícolas”, disse Cintra Neto.

A escolha de Sorriso para a instalação do laboratório teve a aprovação da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), informou o presidente de honra e consultor da entidade João Luiz Ribas Pessa. “O laboratório dá mais credibilidade ao comprador para ele saber o que está levando”, disse Pessa, citando o trabalho da Ampa em promover no exterior o algodão mato-grossense e o aumento do consumo da pluma no Brasil.

Do laboratório, sairão os laudos e certificados de classificação do produto, trazendo mais segurança e confiabilidade para sua comercialização. A unidade terá dois aparelhos de classificação de HVI, além de um especialista no setor de classificação com mais de 30 anos de experiência. O departamento de classificação da BM&F é responsável hoje pela classificação de cerca de 1,300 milhões de amostras de algodão por ano.

Só em Sorriso, o laboratório vai beneficiar 16 produtores que cultivam aproximadamente 25 mil hectares de algodão. Com a unidade, eles não precisam mais manda o algodão para São Paulo. “O mais importante é a agilidade no resultados as amostras”, comentou o presidente da S Cotton, a associação dos produtores de algodão de Sorriso, Arilton César Riedi.

A BM&F é a maior bolsa brasileira, e uma das dez maiores do mundo, que lida com a negociação de contratos de mercadorias (comodities) e derivativos. Localizada na cidade de São Paulo, opera principalmente com taxa de câmbio, taxa de juros, café, açúcar, soja, gado bovino, milho, ouro, entre outros. Movimenta mais de R$35 bilhões por dia e tem mais de 750 funcionários. Tem escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York e China. “Nós acreditamos que a BM&F vai ser a empresa para dar as cartas no agronegócio brasileiro. É o início para o desenvolvimento da região”, disse o prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato.





Fonte: Da Assessoria

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