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Cidades/Geral
Sexta - 23 de Junho de 2006 às 08:12
Por: Alline Marques

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Os acusados de matarem o vereador Daniel Lopes da Silva, em Tangará da Serra, foram condenados pelo tribunal de júri no Fórum Criminal de Cuiabá. Luiz Antônio de Oliveira, o Peba, mandante do crime, foi condenado a 16 anos, já Ediley Aparecido da Silva, acusado de ter atirado na vítima, foi condenado a 15 anos e seis meses.

Os advogados de defesa têm até segunda-feira para recorrer da sentença. Mas de acordo com Valter Locatelli, advogado de Peba, a condenação está dentro da razoabilidade, porém ele pretende entrar com um pedido de progressão de pena, já que ambos já cumpriram um sexto dela.

Se o pedido for aceito, Luiz Antônio e Ediley poderão cumprir mais dois anos da pena em regime semi-aberto e depois ficarem livres.

O julgamento, que durou três dias, revelou nomes de outros políticos que podem estar envolvidos no crime, entre eles o do ex-prefeito Jaime Muraro e de secretários da época, como Nélio Bortoluzi e ainda de empresários que seriam beneficiados com a privatização.

Peba disse no depoimento dele que essas outras pessoas estariam interessadas na morte de Daniel por ele ser radicalmente contra a privatização dos serviços de água e esgoto da cidade, indo contra os interesses políticos e empresariais de muitos em Tangará da Serra.

O delegado que acompanhou as investigações, Ronan Villar, também informou em depoimento que Jaime Muraro enviou ao secretário de Segurança Pública da época, Benedito Corbelino, um pedido de afastamento dele do caso.

A viúva, Luzia Fátima da Silva, também acredita no envolvimento de outras pessoas, mas tem certeza da participação de Peba no crime.

Outra surpresa no julgamento foi o depoimento de Oclair José Francisco, o Dunguinha, acusado de pilotar a moto para Ediley atirar em Daniel.

Ele havia confessado o crime e acusado os outros envolvidos, mas em plenário negou tudo e ainda disse que foi torturado pelo delegado de Campo Novo do Parecis, onde foi preso por tráfico de drogas. O julgamento de Oclair foi adiado para setembro, pois o advogado dele não pode comparecer no júri.

v Os novos nomes que surgiram durante o julgamento serão investigados pela promotoria de Tangará da Serra. O promotor Vinícius Gayva solicitou cópias do inquérito para iniciar as investigações.





Fonte: A Gazeta

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