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Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Quarta - 31 de Maio de 2006 às 08:52

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O ajudante de serviços gerais Antônio Carlos de Moraes, de 26 anos, teria sido morto porque estaria ameaçando o ex-patrão que não lhe pagou por nove meses de serviços prestados. A vítima descobriu alguns produtos irregulares na empresa e, por isso, exigia o pagamento, mas acabou sendo executado antes de receber.

As investigações apontam que dois rapazes teriam praticado o bárbaro crime dentro da empresa localizada no bairro São Mateus, em Várzea Grande. Antônio Carlos foi assassinado a pauladas e pedradas. Essas são as conclusões de policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que investigam o crime.

Após executarem Antônio Carlos, os criminosos embrulharam o cadáver numa lona plástica. Em seguida, o colocaram na carroceria de uma picape e o jogaram na rodovia dos Imigrantes. O crime ocorreu no dia 11 deste mês no Jardim Eldorado, em Várzea Grande.

“Essa atitude da vítima (de cobrar o patrão) teria sido a causa dele ter decretado a própria morte. O ex-patrão foi quem contratou dois rapazes para a prática do assassinato”, explicou um policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os policiais, no entanto, não souberam informar se Antônio Carlos entrou com alguma ação na Justiça do Trabalho. Os familiares não tinham conhecimento de nada nesse sentido.

O crime começou a ser desvendado no momento em que o delegado Cristian Cabral suspeitou de fuligem de madeira próximo ao cadáver. “A descoberta dessa fuligem foi o início das investigações. Chegamos até a empresa do ex-patrão e descobrimos que o material é o mesmo existente na empresa”. Para o delegado, os vestígios da fuligem indicam que o rapaz tenha sido assassinado dentro da empresa em que trabalhava.

A partir da descoberta, os policiais não localizaram mais o empresário, mas chegaram até dois rapazes que teriam feito o contato com Antônio Carlos. Na noite do crime, a vítima teria sido abordada próxima de um bar, no São Mateus, e convidada para ir até a empresa. Lá, então, foi assassinado. Os dois rapazes também estão foragidos.

O encontro entre a vítima e os dois rapazes, conforme relato de uma testemunha, foi numa barraca de cachorro-quente numa das ruas do bairro. Antônio Carlos entrou no carro, porque teve a promessa de que a dívida trabalhista que tinha a receber seria acertada.

O delegado informou que os envolvidos foram identificados e serão indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. “É um crime hediondo, pois usaram requintes de crueldade e ainda tentaram ocultar o cadáver”, observou.





Fonte: Diário de Cuiabá

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