Galos brasileiros brigam em rinhas de cidades bolivianas

Vinte e quatro galos de briga, vários pássaros silvestres, entre eles curiós, canários e bicudos, além de grades de vergalhão, utilizadas para manter os animais presos, uma rinha e grande quantidade de equipamentos, como buchas para esporas, biqueiras de aço, lâminas de serra com suporte e até uma seringa, supostamente usada para aplicação de medicamentos, foram apreendidos por uma equipe da Polícia Ambiental, em uma residência no bairro Cohab Velha, em Cáceres. O flagrante ocorreu no final de semana, por intermédio de uma denúncia anônima.

O serralheiro João Leandro da Silva, 38, foi preso em flagrante e autuado por crime contra o meio ambiente, infração referente a fauna e flora pantaneira. Informações extra-oficiais são de que, além de Cáceres, os galos eram usados para brigas em rinhas de cidades bolivianas, onde a briga de galo não se configura crime.

Ao todo, conforme a Polícia Ambiental, além dos 24 galos, foram recolhidos seis canários, quatro curiós, dois bicudos, 13 gaiolas pequenas e 2 grandes e 19 grades de vergalhão.

Após depoimento na polícia, o serralheiro foi colocado em liberdade, ficando como fiel depositário dos animais.

O delegado Joaci Batista dos Reis, encarregado pelo inquérito, informou que apesar dos indícios, a rinha estava aparentemente desativada e os galos não apresentavam sinais de maus tratos.

O que, segundo ele, pode minimizar a pena para o serralheiro. Antes de serem entregues ao criador, todos os pássaros foram fotografados e medicados. De acordo com o delegado, Silva só poderá ser preso, por crime de infiel depositário, a partir de agora se um dos animais morrer ou for mal tratado.