Mais de 4 Acusados da Operação Sanguessuga se apresentam

Mais quatro suspeitos de envolvimento no esquema de fraude em processo licitatório desbaratado pela Operação Sanguessuga se entregaram ontem no final da tarde na sede da Polícia Federal em Cuiabá. Angelita Felipe Nunes, Rodrigo Medeiros Freitas, Rogério Henrique Medeiros de Freitas e Manoel Vilela de Medeiros chegaram na Superintendência da PF acompanhados pelo advogado da família, Otto Medeiros de Azevedo. Segundo as investigações, Rodrigo emprestava sua conta para Darci Vedoin, dono da empresa Planam, a principal beneficiária do esquema. Ronildo Pereira Medeiros e a esposa, Cíntia Medeiros, devem se apresentar hoje.

Com a recaptura dos quatro e a do empresário Aristóteles Gomes Leal Neto, que se apresentou ontem na superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte, constam como foragidas 12 pessoas. Destas, quatro não tinham sido presas ainda pelos agentes da PF quando o Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu pela mudança de competência. A decisão do TRF resultou na soltura de todos os presos na Operação Sanguessuga, iniciada dia 4 de maio.

Segundo Otto Medeiros, dos dez clientes dele indiciados pela Polícia Federal, um não teve o pedido de prisão preventiva expedido e três já haviam se entregado na Polícia Federal nos últimos dias. O advogado informou que aguarda a denúncia do Ministério Público Federal em Mato Grosso para entrar com os pedidos de habeas corpus no TRF.

O advogado Henrique Loyola, que tem dois clientes foragidos, disse que não sabe quando se apresentarão e que aguarda a decisão dos agravos regimentais interpostos por eles. Um dos clientes de Henrique Loyola, Sinomar Martins Camargo, já era considerado foragido pela Polícia Federal.

Também não há previsão para a apresentação de José Thomaz Bastos, ainda foragido. Seu advogado, Eduardo Mahon, disse que ainda não conseguiu fazer contato com o cliente desde que ele foi solto, na última terça-feira. Mahon acredita que José Thomaz se entregará no momento oportuno.

“Agora estamos aguardando as decisões dos hábeas corpus pelo TRF. Foi uma vitória a decisão do ministro Gilmar Mendes de deixar o julgamento dos HC para a TRF”, disse Mahon.

Ontem o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o seguimento de dois habeas corpus impetrados pela defesa de Suelene Almeida Bezerra, ex- funcionária da Câmara dos Deputados. De acordo com a decisão do ministro Gilmar Mendes, a defesa de Suelene interpôs o agravo regimental contra a decisão liminar proferida pela presidente do STF, ministra Ellen Gracie, e como todos os agravos serão julgados por ele “oportunamente”, os seguimentos dos habeas corpus foram negados. A defesa de Suelene impetrou os pedidos também contra a decisão da ministra.