Pedido de transferência de João Arcanjo está no MPF

O pedido para que João Arcanjo Ribeiro seja transferido para a penitenciária máxima de Catanduva (PR) já está sendo analisado pelo Ministério Público Federal (MPF). Há 15 dias, A Gazeta publicou com exclusividade que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) encaminhou o pedido para à Justiça Federal informando da inviabilidade financeira em manter um preso como o "Comendador" em solo mato-grossense. Após o parecer do MPF, o pedido será encaminhado para o juiz da Vara Federal de Cantanduva. Somente após a afirmativa dele é que a transferência poderá ser realizada. Caso a decisão do juiz de Catanduva seja negativa, o estado de Mato Grosso poderá recorrer da decisão perante ao Tribunal Regional Federal (TRF).

Manter Arcanjo preso em Mato Grosso tem custado muito caro ao Estado. A média mensal é de R$ 61 mil, sem que seja incluída na contabilidade gasto com energia elétrica do raio 5, que ele ocupa sozinho na Penitenciária do Pascoal Ramos. A presença dele exige ainda que verdadeiras operações de guerra sejam montadas a cada vez que o "Comendador" presta depoimento nos Fóruns de Cuiabá e Várzea Grande.

O efetivo de cerca de 30 homens, que desenvolvem o papel de agentes prisionais, é obrigado a se deslocar junto com ele em cada uma das oitivas. Isso envolve gastos com combustível e também alimentação.

Em média, são utilizadas 6 viaturas quando Arcanjo é transportado por via terrestre.O "Comendador" custa hoje aos cofres públicos o equivalente ao que é gasto com 89 presidiários mensalmente. Um detento (comum) custa cerca de R$ 638 mensalmente.

O advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, afirma que ele não tem interesse algum em sair de Mato Grosso e a saída dele obedece apenas interesses do secretário de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira. Hoje Arcanjo ocupa sozinho o Raio 5 do Pascoal Ramos tornando outras 50 vagas daquele local ociosas.