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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 24 de Maio de 2006 às 06:55
Por: Andréa Fontes

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Todos os presos na operação "Sanguessuga" ganharam a liberdade na noite de ontem. Uma decisão da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF), 1ª Região, julgou a 2ª Vara Federal de Mato Grosso incompetente para processar e julgar os inquéritos que envolvem a operação, uma vez que há parlamentares federais citados. Desta forma, o processo será remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), que é o foro competente.

A decisão do TRF foi por unanimidade a um habeas corpus impetrado pela defesa do ex-deputado Carlos Alberto Rodrigues, o Bispo Rodrigues, que pedia para declinar a competência em favor do STF. O benefício foi estendido a todos os investigados.

A extensão da decisão ainda não era conhecida pela defesa dos advogados na noite de ontem. Entretanto, a consequência imediata da decisão pode ser a anulação de todas as medidas constritivas de direito proferidas pelo juiz Jeferson Schneider, como o sequestro dos bens e o bloqueio das contas correntes dos presos.

Trinta, dos 43 presos, saíram da Gerência Estadual da Polinter por volta das 21h de ontem. A demora para soltar os presos, uma vez que a decisão foi proferida no final da tarde, foi em razão da 2ª Vara Federal ter individualizado todos os alvarás de soltura. As oito mulheres presas na penitenciária feminina do Pascoal Ramos foram soltas após as 22hs. Alguns presos estavam fora de Mato Grosso, mas todos foram liberados ontem.

Dos 54 pedidos de prisão feitos pela Polícia Federal, apenas 50 pessoas chegaram a ser presas. Duas mulheres foram liberadas no dia seguinte ao início da operação, por serem "laranjas". Outros cinco presos não tiveram a preventiva prorrogada, assim como um dos foragidos.

A maioria dos 43 soltos na noite de ontem passaram 19 dias presos. Na Polinter, a saída dos presos gerou tumulto. Eles não quiseram dar declarações. Entre os presos estavam o Bispo Rodrigues, o ex-deputado Ronivon Santiago, a família Trevisan-Vedoin, dona da Planam, e a ex-funcionária do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino.





Fonte: A Gazeta

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