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Repórter News - reporternews.com.br
Agronegócios
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 01:00
Por: Jonas Ssilva

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O Estado de Mato Grosso terá aprofundado o seu quadro de diminuição da atividade econômica nos próximos meses e, conseqüentemente, redução de arrecadação. Motivo: perda de renda na agropecuária. A informação foi repassada pelo governador Blairo Maggi, em sessão especial na Assembléia Legislativa, no final da tarde desta quarta-feira (17.05), com presença da maioria dos deputados e secretários.

Para atenuar a conjuntura, diz o governador, um aperto de cinto nos gastos públicos (como em investimentos) e a liberação das estradas que vêm sendo bloqueadas pelo movimento dos produtores rurais do Grito do Ipiranga são necessários para Mato Grosso retomar níveis de crescimento de anos anteriores.

O governador informou que conversou nesta quarta-feira com presidentes de sindicatos rurais para uma trégua ao Governo Federal nos bloqueios nas rodovias até o dia 25, quando será anunciada a proposta da União ante os pedidos de oito governadores para ativar o agronegócio, inclusive o Plano de Safra para 2006/2007.

Maggi disse que solicitou à sessão ao presidente da Assembléia Legislativa para colocar de forma clara a “gravidade do momento difícil dos próximos meses”. Mas o governador afirmou que investimentos e serviços essenciais da saúde, educação e segurança não serão prejudicados.

O secretário de Fazenda, Waldir Teis, disse que houve redução do movimento de carga em Mato Grosso de 50% a 54% entre março e maio deste ano e de 31% entre maio e abril, segundo estimativa de postos fiscais.

“Em Mato Grosso, provavelmente teremos que apertar o cinto para fazer coisas mínimas na política social”, disse. “Já temos milhares de desempregados em Mato Grosso devido a crise do agronegócio e esse contingente pode crescer”, alertou.

Ele pediu o apoio dos deputados para convencer produtores rurais a dar voto de confiança ao Governo Lula, diante das propostas apresentadas na terça-feira (16.05) em reunião com o presidente e os ministros Roberto Rodrigues (Agricultura) e Guido Mantega (Fazenda). O governador repetiu que os governadores convenceram Lula e os ministros sobre a gravidade da perda de renda do agronegócio para os demais setores da economia, como o industrial.

Entre as medidas estão: o refinanciamento das dívidas dos produtores, mais investimento no setor agrícola e mudanças na política cambial para facilitar exportações de produtos primários.

DÉFICIT - Segundo o governador, a previsão é de que ao final do ano o Estado de Mato Grosso feche o exercício com um déficit de R$ 600 milhões.

Além de parlamentares e secretários, participaram da exposição do governador no Plenário da Assembléia Legislativa o vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Jurandir Florêncio de Castilho; o presidente do Tribunal de Contas, José Carlos Novelli e o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado.

Segundo o presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa, o momento de fato é crítico, mas a ação responsável e conjunta de todos os Poderes fará a agricultura e a pecuária a retomarem o desenvolvimento de Mato Grosso.





Fonte: Redação/Secom-MT

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