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Agronegócios
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 14:46
Por: André Xavier

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O governador Blairo Maggi disse agora há pouco, em sua fala a manifestantes do “Grito do Ipiranga”, em Campo Novo do Parecis (396 a Noroeste da Capital), que a crise do agronegócio brasileiro não é apenas econômica, mas também político-eleitoral. Para ele, o Governo Federal praticou uma política cambial deliberada de desvalorização do dólar, fazendo com que o real se valorizasse de forma ilusória, o que refletiu diretamente na atividade agrícola, fazendo com que os produtores rurais perdessem mais de 100% da renda.

Essa política foi implantada com vistas a reduzir o preço dos produtos da cesta básica nas vésperas das eleições presidenciais. Segundo ele, isso barateia os produtos agora, mas a conseqüência é a falta deles em um curto prazo.

Em razão disso, Maggi considera legítimo o movimento, porque é uma forma de alerta à sociedade em geral para este problema. “As pessoas que moram nas cidades precisam saber dos problemas que o campo enfrenta, porque mais cedo ou mais tarde elas também serão atingidas”, ressaltou.

Quanto à decisão do Governo Federal de liberar R$ 1 bilhão de subsídio para a soja, anunciada ontem, Maggi destacou que a medida não resolve o problema. "Primeiro porque nao atinge todos os produtores, e depois porque apenas adia um problema maior, que é o da falta de rentabilidade na atividade agrícola", afirmou.

O governador disse ainda que continuará lutando ao lado dos produtores, inclusive mobilizando governadores para estarem em Brasília na próxima terça-feira (16.05) apresentando os problemas e cobrando soluções do presidente Lula e do Congresso Nacional. Ele apelou aos produtores para que não desistam de plantar, porque o Brasil depende do trabalho deles e a situação de crise pode ser superada.

“O Governo do Estado de Mato Grosso está ao lado dos produtores rurais porque já está sentindo também a queda em sua arrecadação por conta da crise”, disse.

Segundo Maggi, o Estado de Mato Grosso do Sul já começa a atrasar o pagamento do funcionalismo público, priorizando aqueles que ganham até R$ 1 mil, devido à queda de arrecadação. Há ainda notícias de que o Estado de Goiás também poderá adotar medida semelhante. O governador afirmou que Mato Grosso ainda não corre esse risco, mas, se a crise durar mais uns dois anos, o Estado também vai ficar em situação crítica.





Fonte: Da Redação

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