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Cidades/Geral
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 08:39

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Trabalhadores do transporte coletivo decidirão hoje se a categoria entrará em greve a partir de segunda-feira (15). Duas assembléias serão realizadas neste sábado, para que os funcionários deliberem sobre a nova proposta dos empresários, entregue ontem durante uma reunião entre representantes das classes no TRT.

A sessão teve início às 15 horas e terminou às 17h30. Apesar da tentativa de resolver o impasse, não houve negociação. Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores, Ledevino Conceição, a decisão depende da vontade da maioria dos empregados e não apenas dos representantes. Apesar da afirmação, ele se demonstrou insatisfeito com a proposta. “Acho pouco o que nos foi proposto. Acredito que ainda podemos avançar”, disse.

Os empresários propuseram reposição salarial de cerca de 4,5%, estabilidade funcional até abril de 2007, redução de jornada de trabalho para 6 horas diárias e plano de saúde, nesse caso as empresas arcariam com o valor correspondente a 2% da folha de pagamento e os empregados com o restante. A proposta não foi estendida aos trabalhadores das linhas intermunicipais, sendo válida apenas para quem trabalha nas que circulam em Cuiabá ou Várzea Grande.

Se a proposta não for aceita, os coletivos poderão deixar de rodar a partir da zero hora de segunda-feira. Nesse caso as determinações judiciais serão acatadas, informou Ledevino. Duas liminares deferidas quinta-feira pelo juiz do Trabalho João Carlos Ribeiro de Souza determinam que em caso de greve, seja mantida a frota mínima de 60% nos horários de pico e 30% nos demais períodos e que a escala de trabalho seja disponibilizada. Ele também proibiu a liberação das catracas, sob pena de ressarcimento dos prejuízos, e o bloqueio das entradas das empresas e de vias públicas com os coletivos. Em caso de descumprimento a multa diária é de 5 mil.

Desde sexta-feira os funcionários estão em ‘estado de greve’, ou seja, assim que a categoria decidir pode haver paralisação da classe. Os trabalhadores já realizaram várias assembléias este mês e tentam negociar o dissídio coletivo desde abril. Eles pleiteiam redução da jornada de trabalho para 6 horas diárias, proibição de horas extras, pagamento do adicional de penosidade ou insalubridade no percentual de 30% sobre o salário, reajuste salarial de 15% e plano de saúde, sem ônus para o funcionário.





Fonte: Diário de Cuiabá

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