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Repórter News - reporternews.com.br
Agronegócios
Sexta - 12 de Maio de 2006 às 14:19
Por: Jaime Neto

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O governo Lula anunciou hoje a liberação de R$ 1 bilhão para garantir preços mínimos para a soja. A intenção da cúpula governista com o anúncio da medida era tentar acalmar o protesto dos produtores iniciado em Mato Grosso há 19 dias e que já tem a adesão de vários outros estados.

O presidente da Famato (Federação dos Agricultores do Estado de Mato Grosso), Homero Pereira, que está em Brasília, disse no final desta manhã, em entrevista ao telefone para o MidiaNews, que considera a medida “tímida” e que não contempla os 13 itens da pauta de reivindicação do “Grito do Ipiranga”. “Embora importante, a medida é tímida e não irá desmobilizar o protesto dos produtores”, declarou Homero.

No mês passado, a Famato acionou a União para obter reajuste do preço mínimo em Mato Grosso. Mas de acordo com Homero, a medida anunciada hoje não irá contemplar nem mesmo esta reivindicação. Os produtores entendem que o preço mínimo da saca de soja de 60kg deveria ser de R$ 37,90 enquanto o valor fixado pelo governo é de R$ 14.

Para o Ministério da Agricultura a meta é de que os recursos disponíveis hoje consigam apoiar a comercialização de 15 a 20 milhões de toneladas de soja em todo país, com compensações que irão variar de R$ 1,50 a R$ 6 por saca de soja, variando de uma região para outra, dependendo dos valores dos custos de frete.

Reunião dos Governadores

Governadores de Estados produtores pretendem ser recebidos por Lula no próximo dia 16, em Brasília. O encontro está sendo liderado pelo governador Blairo Maggi (PPS) que há dois dias está percorrendo os municípios produtores apoiando a manifestação contra o governo federal.

Em reunião com produtores rurais da região de Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte de Cuiabá), o governador Blairo Maggi afirmou nesta manhã que o setor necessita conquistar a população e esclarecê-la da importância do agronegócio na vida cotidiana para que os protestos, iniciados há quase três semanas, em regiões produtoras do Estado, ganhem à adesão de todos os cidadãos.

Na avaliação de Homero Pereira, o protesto será intensificado na segunda e terça-feira da próxima semana e contará com a adesão maciça de vários setores produtivos do estado como o comércio, prefeituras etc. “A mobilização nos próximos dias será mais intensa e forte”, observou Homero.





Fonte: Midia News

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