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Agronegócios
Sexta - 12 de Maio de 2006 às 10:22

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O presidente do Grupo Interamericano de Erradicação de Febre Aftosa (Giefa) e também do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Costa Guedes, garante que a febre aftosa pode ser erradicada na América do Sul em cinco anos. "Ainda não acabamos com a doença por falta de vergonha na cara e não por falta de dinheiro". Na opinião dele, basta fazer um trabalho direcionado às regiões específicas para alcançar a meta do Giefa, de eliminar a doença até 2009 na América do Sul. "Não adianta fazer cursos e treinamentos no Rio de Janeiro ou em Buenos Aires, é preciso trabalhar nas regiões de fronteiras e no chaco. Depois temos que trabalhar com a Venezuela e o Equador", sugere.

O superintendente da Delegacia Federal da Agricultura de Mato Grosso, Paulo Bilego, e o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Décio Coutinho, concordam com Guedes. Eles também acreditam que a doença pode ser erradicada em um curto período, basta trabalhar da forma correta. "O projeto do Giefa foi elaborado com bases científicas e é nossa última esperança", diz Coutinho. "Para cumprir a meta, precisamos pensar na erradicação em toda a América do Sul e não somente em Mato Grosso e no Brasil. A América do Norte e a Central alcançaram o objetivo fazendo um trabalho abrangente", completa Bilego.

Além disso, Guedes ressaltou que é preciso recursos suplementares, ou seja, da iniciativa privada. "É o produtor que tem o boi", especifica. Coutinho acrescenta que privado significa todos os elos da cadeia produtiva, incluindo as indústrias de medicamentos veterinários, de sapatos e de outros subprodutos do boi, os frigoríficos e até mesmo as leiloeiras também precisam contribuir para a erradicação da febre aftosa.

O diretor do departamento de saúde animal do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jamil Gomes de Souza, disse que ficou muito satisfeito ao ouvir de um representante da iniciativa privada que a aftosa ainda não foi erradicada por falta de vergonha na cara. "Desde 1998 estamos tendo casos na América do Sul, um aqui, outro ali... E sabemos que há alguma coisa errada, mas o governo federal está fazendo a sua parte. Acreditamos que com o Giefa conseguiremos alcançar a meta que é acabar com a doença até 2009", explica.

Carros

O governo estadual, em parceria com o federal, entregou, durante o Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec 2006), 34 veículos para o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Dos R$ 7,2 milhões investidos, R$ 3 milhões partiram do Mapa e os outros R$ 4,2 milhões do governo estadual. Os veículos serão encaminhados para 32 municípios mato-grossenses.





Fonte: RMT Online

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