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Agronegócios
Sexta - 12 de Maio de 2006 às 09:18

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Três propostas básicas, resumindo os principais problemas do setor agrícola, foram anunciadas ontem pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Homero Pereira, como a pauta oficial de reivindicações de Mato Grosso a ser apresentada na reunião da próxima terça-feira, em Brasília, com a participação de 11 Estados brasileiros. No encontro, os governadores devem elaborar uma proposta unificada das ações, que será encaminhada ao ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A primeira proposta de Mato Grosso abrange a prorrogação de dívidas de custeio, investimentos e a securitização da safra 2005. A segunda reivindicação propõe a implantação de uma política de preços mínimos, contemplando os instrumentos de comercialização como o PROP (Contratos de Venda de Opção Privados) e o Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), além da redução dos preços do diesel.

Os produtores vão apresentar, ainda, proposta de recuperação da renda na agricultura, redução das taxas de juros, programa de controle da ferrugem asiática e liberação das importações de agroquímicos e outros insumos agrícolas. “Não adianta o governo Federal tomar medidas paliativas, pensando no futuro, se no presente estamos morrendo”, adverte Homero.

O governador Blairo Maggi disse que o encontro de governadores será fundamental neste processo de mobilização dos agricultores. Segundo ele, os problemas que o setor agrícola vive atualmente em Mato Grosso não são apenas do Estado, mas do Brasil inteiro. “Precisamos pôr um basta nesta política que está sufocando o produtor e matando a galinha de ovos de ouro da nação”, discursa, ao se referir à importância do agronegócio para a sustentação econômica do país.

Na avaliação do governador, a classe produtora não suporta mais a política macro-econômica que a União sustenta às custas do agricultor, para manter a inflação baixa e os alimentos baratos. “O presidente precisa saber que, sem agricultura, a economia poderá enfraquecer e colocar a nação em um processo recessivo. E é isso que precisamos mostrar ao Lula antes que alguma coisa mais grave aconteça”, alerta o governador.





Fonte: Diário de Cuiabá

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