Hércules depõe na polícia sobre assassinato de piloto

O ex-cabo da Polícia Militar, Hércules Araújo Agostinho, será ouvido hoje em depoimento pelo assassinato do empresário e piloto de avião Carlos Simão de Lima, 52, executado em 2000.

A oitiva está marcada para as 14h e será realizada pelo delegado Roberto Amorim, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), situada na avenida Miranda Reis, em Cuiabá.

Lima foi executado com três tiros de pistola 9 milímetros disparados à queima-roupa, em 1º de dezembro de 2000. Na sala do depoimento serão permitidas apenas a presença de Hércules, do advogado dele, do delegado e do escrivão.

Hércules vai ser ouvido porque foi indiciado como executor do assassinato e, até agora, a polícia não tem informações sobre quem seriam os mandantes do homicídio.

A arma usada no crime é a mesma utilizada na execução do sargento PM José Jesus de Freitas, 38, e dos seguranças dele, Fernandes Leite das Neves, 28, e Nailton Benedito de Sousa, 41, em 30 de abril de 2002.

Também nas mortes do empresário Rivelino Brunini e do radialista Fauze Rachid Jaude, em 4 de junho de 2002.

A confirmação foi feita pelo perito Carlos Roberto Angelotti, que comparou projéteis retirados dos corpos das vítimas com os encontrados nos locais da execução.

O piloto era irmão do traficante Sidnon Simão de Lima, condenado a 17 anos de prisão por tráfico de drogas em 1999. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF) com cerca de 150 kg de cocaína em uma propriedade rural.

Carlos, conforme o delegado Amorim, já havia sido preso pela PF, em São Paulo. Respondia a processo, mas não tinha ido a julgamento.

O piloto foi morto quando chegava em frente à casa da sogra, no bairro CPA 4. Ele se preparava para descer quando dois homens, de moto, passaram atirando. A polícia não confirma se o parceiro de Hércules, o foragido Célio Alves, é quem estava pilotando na hora do crime.