4 parlamentares são investigados

Quatro dos oito deputados federais mato-grossenses aparecem na lista de investigados pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento em esquema de fraude para aquisição de ambulâncias às prefeituras do Estado. Ontem, o site na internet do jornalista Cláudio Humberto relacionou os parlamentares que estariam sob investigação, entre eles Lino Rossi e Pedro Henry (ambos PP), Ricarte de Freitas (PTB) e Thelma de Oliveira (PSDB) - confira a lista no quadro à direita.

A PF encaminhou todo o material para o MPF, que deve seguir as investigações. Em um dos depoimentos, o ex-prefeito de Nova Bandeirante, Antonio Gonçalo Della Rosa, afirmou que Ricarte o havia orientado a procurar Darci José Vedoin Trevisan, dono da Planam Indústria, Comércio e Representação Ltda, para que fosse acertada a questão da documentação da ambulância que o parlamentar estava viabilizando em Brasília. Trevisan, segundo a PF, era o chefe de todo o esquema.

A assessoria de Ricarte informou que o bateria do aparelho celular dele estava carregando e por isso estava sendo contato. Via assessoria, o petebista argumentou que o parlamentar só destina as emendas para os municípios e que não participa de processos licitatórios. Ele salientou ainda que a lista é de investigados e isso não quer dizer que seja culpado.

O mesmo argumento é usado pelo deputado Lino Rossi. O progressista frisou estar muito tranquilo e se diz aberto à investigação. Conforme ele, são inúmeros os pedidos de emendas para ambulâncias que chegam ao gabinete, mas o papel do parlamentar termina no momento em que a emenda é entregue ao Ministério da Saúde.

Thelma, que estava ontem no Panamá, informou, por meio de assessoria, que não apresentou emendas para aquisição de ambulâncias e sim para centro de saúde. Considera que geralmente suas emendas nem são liberadas por fazer parte da bancada de oposição ao governo do presidente Lula.

A deputada diz estranhar a citação do seu nome em alguns sites como uma das investigadas. Sua assessoria comenta estar convicta de que a Procuradoria-Geral da República, por precaução, não vai considerar acusações sem prova.

Dante de Oliveira descartou qualquer hipótese de participação da esposa Thelma no esquema, já que não há em seu mandato sequer uma emenda para aquisição de ambulância. Toda a documentação provando isso, conforme Dante, foi entregue ao líder do PSDB na Câmara, senador Arthur Virgílio (AM) e ao senador Antero Paes de Barros.

O deputado Pedro Henry não atendeu as insistentes ligações feitas por A Gazeta para comentar o envolvimento do seu nome em mais um escândalo.