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Polícia Brasil
Quinta - 04 de Maio de 2006 às 07:32
Por: Patrícia Neves

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O filho de deputado José Riva (PP), o estudante de medicina Riva Júnior, 23, e a namorada dele, passaram cerca de 40 minutos em poder de assaltantes durante um sequestro-relâmpago na noite de terça-feira (2), em Cuiabá. O crime começou por volta das 20h30. Dois bandidos, sendo um deles de apenas 15 anos, já estão presos.

As vítimas foram rendidas no bairro Morada do Ouro, e abandonadas na região do Barreiro Branco, localidade que dá acesso ao Coxipó do Ouro. Pouco tempo após deixar o casal, o garoto de 15 anos, que dirigia o Audi de Riva Júnior, perdeu a direção do veículo e o capotou, ficando gravemente ferido.

Além dele, os policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva) prenderam um segundo assaltante, Fábio Júnior de Almeida Silva, 18, que já esteve detido por crime de roubo antes de atingir a maioridade. Ele foi pego, por volta das 14h, depois de procurar atendimento médico em uma policlínica do CPA. Um terceiro criminoso está sendo procurado pela Polícia Civil.

Fábio, levado à unidade policial, foi reconhecido pelas duas vítimas e confessou o envolvimento no assalto. Nas declarações feitas ao delegado da Derfva, Walfrido Nascimento, afirmou que o trio estava interessado em "dar voltas" por Cuiabá porque o carro é bonito e luxuoso. O veículo, alega ele, não foi encomendado para ser comercializado fora do país como a maioria dos carros importados roubados em Cuiabá.

Abordagem - O casal foi rendido quando estava chegando em frente à residência de um amigo de faculdade de Riva Júnior. Eles desciam do veículo quando foram abordados pelos bandidos. O garoto assumiu o volante, mas era advertido pelos colegas durante o trajeto porque dirigia muito mal. As vítimas não foram obrigadas a fazer saques em caixas-eletrônicos, mas a namorada do estudante teve de entregar o aparelho celular para os bandidos.

Depois de darem voltas pelo bairro, os bandidos seguiram para o Barreiro Branco, onde deixaram o casal. Quando tentavam retornar para o centro da cidade, capotaram o carro.

Fábio, em depoimento, afirmou que a arma usada foi deixada no local após o acidente. Ele percebeu que os colegas estavam feridos e fugiu deixando-os ali.

O delegado explicou que quando os assaltos acontecem dentro de residências as vítimas não costumam ser levadas como reféns. Quando são abordados na rua, são. A explicação deve-se ao fato de que as vítimas são deixadas em locais ermos, o que dificulta o contato com a polícia. Além dos traumas psicológicos, as vítimas não tiveram ferimentos. Hoje no Brasil não existe legislação específica para o crime de roubo seguido de sequestro. Os dois assaltantes presos vão responder pelo artigo 157, roubo, previsto pelo Código Penal Brasileiro. A pena pode atingir até 12 anos de prisão.





Fonte: A Gazeta

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