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Polícia Brasil
Quinta - 04 de Maio de 2006 às 07:26
Por: Adilson Rosa

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A Polícia Civil prendeu o zelador Ananias Barbosa Eva, de 46 anos, acusado de assassinar a facadas a empresária Fátima Rosângela Duarte, de 43. Após o assassinato, ocorrido na quitinete em que ela morava, ele dobrou seu corpo, enrolou numa rede e enterrou nos fundos da casa dele, no bairro Cristo Rei, a algumas quadras da quitinete. O crime ocorreu no dia 29 de novembro, mas o cadáver só foi localizado anteontem de manhã.

Segundo policiais da Gerência de Repressão a Seqüestro e Investigações Especiais (Gresie), Ananias praticou o crime para roubar um Gol e os móveis da vítima. O carro ele ficou usando e os móveis, vendeu-os a um pregão.

“O zelador foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver. Ele está com a prisão temporária decretada. Agora vamos pedir a preventiva”, informou o delegado Luciano Inácio da Silva, responsáveis pelas investigações.

Segundo o delegado, um dos fatores que motivaram o zelador a praticar o crime seria o fato de a vítima estar sendo ameaçada pelo ex-marido, que não aceitava a separação. Ela contou para Ananias que temia ser morta.

“Essa revelação pode ter despertado o interesse no zelador, pois a culpa recairia em cima do ex-marido da vítima. Uma investigação sem a apuração correta poderia incriminar o ex-marido”, completou o delegado. Para chegar até o verdadeiro criminoso, os policiais aproveitaram contradições no depoimento do zelador, que começou a ser investigado como suspeito a partir de fevereiro.

O Gol roubado pelo zelador estava escondido no quintal de uma casa no Jardim Maringá II. Ele o pilotava à noite e nos fins de semana. Durante o dia deixava o carro por lá. Os móveis, no entanto, não foram localizados.

De acordo com as investigações, Fátima conviveu com o ex-marido Hélio Batista Neves durante 13 anos. Juntos gerenciavam um restaurante em Várzea Grande. Em setembro do ano passado, eles se separaram e ela foi morar numa quitinete no Cristo Rei, da qual Ananias era zelador.

Os dois se tornaram colegas. Em certa ocasião, ela revelou que estava sendo perseguida por Hélio, pois ele não se conformava com a separação. Explicou ao zelador que recebeu várias ameaças através de seu telefone celular.

No dia 29 de outubro, Ananias se encontrou com a empresária e a executou com uma facada. Em seguida, dobrou o cadáver e enrolou numa rede. “Ficou parecendo uma trouxa de roupa. De lá, levou para a casa dele e enterrou a menos de dois metros da porta da cozinha”, explicou o delegado.

Em sua versão, Ananias alegou que no dia do crime, encontrou a empresária irritada por causa do corte de energia elétrica. “Ela estava com uma faca na mão e a gente discutiu. Tentei tirar a faca dela. Então virei seu braço e acertei um golpe. Só voltei no dia seguinte e a enterrei no quintal de casa”, disse o zelador.

Para retirar os móveis, o zelador usou uma Kombi. Os vizinhos de quitinete queriam saber para onde estava levando. Ananias respondia que comprou da empresária e estava revendendo tudo para um pregão.





Fonte: Diário de Cuiabá

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