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Terça - 02 de Maio de 2006 às 16:20
Por: Rubens de souza

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“Nós não valemos nada. A vida é tudo. Hoje você está bem, amanhã pode não estar”. Assim, com efeito, agora pensa João Arcanjo Ribeiro, o homem acusado de ser o chefe do crime organizado em Mato Grosso e que já acumula 49 anos de condenação e ainda têm mais oito processos pela frente. Em uma hora e 10 minutos de entrevista concedida a imprensa local nesta terça-feira, numa sala da direção da Penitenciária do Pascoal Ramos, o então próspero e disputado empresário, fato que lhe valeu o título de “Comendador” atribuído – e depois revogado – pela Câmara Municipal de Cuiabá, jura inocência em quase tudo, admite pouco, não conhece quase ninguém e sustenta: “Faria tudo novamente”.

Quase toda Cuiabá conhece ou já ouviu o nome de Arcanjo. Parte de Mato Grosso também. Dono do jogo do bicho, homem das maiores factorings do Estado, empresário com investida no ramo das comunicações, dono de cassino e atuação no ramo da pisicultura, com trânsito livre em delegacias e relações com policiais estratégicos, são alguns dos títulos que o fizeram uma pessoa importante. Muita gente gostaria de ser convidado, por exemplo, para as “peladas” que ele promovia aos sábados. Os convites para festas na sua fazenda ou na estância eram disputados quase à tapa. Mas o quadro mudou.

Hoje João Arcanjo é um ser só: não ficou nem mesmo a esposa, a socialite Silvia Chirata. Há dois anos, contou, ela está vivendo com outra pessoa em Montevidéu, no Uruguai. Os filhos estão em algum lugar que ele não revela: “Estão estudando” – diz, com voz quase embargada, um pouco emocionada, em que pese quase todo o tempo demonstrar segurança naquilo que falava, de forma pausada e calma. Uma filha está nos Estados Unidos, cursando Direito. Os amigos se afastaram, naturalmente. Os políticos – sempre de olho no esquema de financiamento de campanha e em doações – também se afastaram. “É assim mesmo: quando você começa a escorregar... É natural” – diz resignado.

Se não mentiu ou omitiu, disse que tudo vem sendo sustentado por recursos de um genro, mantido através de empresas. Arcanjo também mencionou um lucro de 10 mil dólares por mês do hotel de Orlando, na Flórida (EUA). O empreendimento, um dos raros não confiscados, segue operando normalmente pela empresa administradora indicada pelos bancos financiadores da obra. O hotel, explicou o “comendador”, foi edificado em sociedade com um casal de brasileiros, com domicílio em São Paulo (SP).

“Minha vida será devolvida” – aposta João Arcanjo, que, não esconde a rotina que está levando atualmente como preso do Regime Disdiplinar Duro (RDD), ou, mais popularmente conhecido como “regime fechado”, sem direito a visitas. Ele diz que lê, livros e a Bíblia, confirma que é católico e que tem Deus em sua vida. “Isso tudo que estão falando vai cair. A verdade tem que prevalecer. Eu confio na justiça” – ele acrescentou, esbanjando confiança. Na linha, não deixou de fazer média com a imprensa: “Vocês precisam me ajudar. A imprensa descobre tudo”. “Nós não valemos nada. A vida é tudo. Hoje você está bem, amanhã pode não estar”. Assim, com efeito, agora pensa João Arcanjo Ribeiro, o homem acusado de ser o chefe do crime organizado em Mato Grosso e que já acumula 49 anos de condenação e ainda têm mais oito processos pela frente. Em uma hora e 10 minutos de entrevista concedida a imprensa local nesta terça-feira, numa sala da direção da Penitenciária do Pascoal Ramos, o então próspero e disputado empresário, fato que lhe valeu o título de “Comendador” atribuído – e depois revogado – pela Câmara Municipal de Cuiabá, jura inocência em quase tudo, admite pouco, não conhece quase ninguém e sustenta: “Faria tudo novamente”.

Quase toda Cuiabá conhece ou já ouviu o nome de Arcanjo. Parte de Mato Grosso também. Dono do jogo do bicho, homem das maiores factorings do Estado, empresário com investida no ramo das comunicações, dono de cassino e atuação no ramo da pisicultura, com trânsito livre em delegacias e relações com policiais estratégicos, são alguns dos títulos que o fizeram uma pessoa importante. Muita gente gostaria de ser convidado, por exemplo, para as “peladas” que ele promovia aos sábados. Os convites para festas na sua fazenda ou na estância eram disputados quase à tapa. Mas o quadro mudou.

Hoje João Arcanjo é um ser só: não ficou nem mesmo a esposa, a socialite Silvia Chirata. Há dois anos, contou, ela está vivendo com outra pessoa em Montevidéu, no Uruguai. Os filhos estão em algum lugar que ele não revela: “Estão estudando” – diz, com voz quase embargada, um pouco emocionada, em que pese quase todo o tempo demonstrar segurança naquilo que falava, de forma pausada e calma. Uma filha está nos Estados Unidos, cursando Direito. Os amigos se afastaram, naturalmente. Os políticos – sempre de olho no esquema de financiamento de campanha e em doações – também se afastaram. “É assim mesmo: quando você começa a escorregar... É natural” – diz resignado.

Se não mentiu ou omitiu, disse que tudo vem sendo sustentado por recursos de um genro, mantido através de empresas. Arcanjo também mencionou um lucro de 10 mil dólares por mês do hotel de Orlando, na Flórida (EUA). O empreendimento, um dos raros não confiscados, segue operando normalmente pela empresa administradora indicada pelos bancos financiadores da obra. O hotel, explicou o “comendador”, foi edificado em sociedade com um casal de brasileiros, com domicílio em São Paulo (SP).

“Minha vida será devolvida” – aposta João Arcanjo, que, não esconde a rotina que está levando atualmente como preso do Regime Disdiplinar Duro (RDD), ou, mais popularmente conhecido como “regime fechado”, sem direito a visitas. Ele diz que lê, livros e a Bíblia, confirma que é católico e que tem Deus em sua vida. “Isso tudo que estão falando vai cair. A verdade tem que prevalecer. Eu confio na justiça” – ele acrescentou, esbanjando confiança. Na linha, não deixou de fazer média com a imprensa: “Vocês precisam me ajudar. A imprensa descobre tudo”.

Durante todo o tempo Arcanjo procurou demonstrar sinceridade. Pode ter sido bem adestrado para executar sua linha de defesa. Se o foi, o fez relativamente com competência: a cada declaração passava impressão de confiança na Justiça e na verdade. Ele procurou desmistificar a imagem de homem mau e confirmou alguns negócios com os políticos que ainda o devem. Em alguns momentos tentou “embaraçar” questões já claras de sua trajetória de vida, que começou na década de 80 como policial.

Durante todo o tempo Arcanjo procurou demonstrar sinceridade. Pode ter sido bem adestrado para executar sua linha de defesa. Se o foi, o fez relativamente com competência: a cada declaração passava impressão de confiança na Justiça e na verdade. Ele procurou desmistificar a imagem de homem mau e confirmou alguns negócios com os políticos que ainda o devem. Em alguns momentos tentou “embaraçar” questões já claras de sua trajetória de vida, que começou na década de 80 como policial.





Fonte: 24Horas News

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