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Economia
Quinta - 24 de Janeiro de 2013 às 09:34

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De todos os cheques compensados em 2012, 2,02% (18,4 milhões) foram devolvidos pela segunda vez por insuficiência de fundos, de acordo com a empresa de consultoria Serasa Experian. Esse foi o maior percentual desde 2009, quando foram devolvidos 2,15% dos cheques. A quantidade de cheques sem fundos cresceu também na comparação entre dezembro e novembro (2,04% contra 1,96%) e ante dezembro do ano anterior quando foram 1,99% de cheques sem fundos.

Roraima foi o estado com o maior percentual de cheques devolvidos (11,88%), seguido do Amapá (10,32%), Acre (10,10%) e de Sergipe (8,48%). No sentido contrário aparecem São Paulo com o menor percentual (1,46%), seguido do Rio de janeiro (1,55%), Amazonas (1,59%) e Mato Grosso do Sul (1,73%). Entre as regiões, a Norte foi a com maior percentual de devolução de cheques em 2012, com 4,44%. O Sudeste aparece com o menor percentual (1,58%).

Na avaliação dos economistas da Serasa, de janeiro a maio houve seguidas elevações no número de cheques devolvidos, com exceção de abril, quando foi registrada uma ligeira queda. “Esse período refletiu as dificuldades do consumidor em honrar os cheques pré-datados emitidos no Natal de 2011, além das despesas típicas de início de ano.”

Segundo a Serasa, o período de junho a setembro registrou queda no volume de cheques devolvidos. Já de outubro a dezembro houve altas no total de cheques sem fundos devido às compras do Dia das Crianças e do Natal.

IMÓVEIS

Com a desaceleração do mercado imobiliário, o número de imóveis financiados com recursos da poupança apresentou queda de 8% em 2012 na comparação com o ano anterior. Foram 453 mil unidades no ano passado, ante 493 mil em 2011.

A queda foi puxada pela retração de 26% no financiamento para a produção de novas unidades, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (23) pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). O número de imóveis financiados por pessoas físicas, no entanto, teve alta de 7% no período.

Houve alta também no volume de financiamento pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Foram R$ 82,8 bilhões no ano passado, crescimento de 3,6% em relação a 2011 (R$ 79,9 bilhões).

Apesar do volume recorde, o resultado ficou abaixo do esperado. A Abecip projetou em julho que o financiamento para compra e construção de imóveis em 2012 somaria R$ 95,9 bilhões, número já reduzido ante estimativa inicial de R$ 103,9 bilhões para o ano.

"O crédito imobiliário tem peso crescente nas operações de crédito, mostrou um comportamento satisfatório em 2012 e tem tudo para se fortalecer em 2013", disse Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip.

O desempenho foi puxado pela queda de 20% no finaciamento para construção, que foi de R$ 35,2 bilhões para R$ 28,1 bilhões. Enquanto isso, houve crescimento de 22% nos empréstimos para aquisição, que foi de R$ 44,7 bilhões para R$ 54,7 bilhões no período. A expansão estimada para este ano é de 15% em relação ao ano passado, chegando a R$ 95,2 bilhões.





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