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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 09:10

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A crise na agropecuária preocupa os jovens mato-grossense. Os filhos de produtores rurais sentem na pele as dificuldades e as conseqüências do endividamento da família. No município de Diamantino (200 km de Cuiabá), um dos pontos da manifestação Grito do Ipiranga é comandado pela juventude. Eles estão na rodovia MT 121 interditando a pista e impedindo a passagem de caminhões e carretas carregados com grãos. Mas os reflexos da crise também chegaram nas universidades. Estudantes do curso de agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso, da Universidade de Cuiabá (Unic) e do Centro Universitário de Várzea (Univag) conversaram com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira expondo as preocupações e a forma que eles podem ajudar o segmento diante desta crise.

O universitário Marcelo Pasqualotti, do município de Canarana (820 km a leste de Cuiabá), disse que a família dele está tendo dificuldades em pagar a mensalidade na universidade. Segundo ele, a crise na agricultura mexeu diretamente com a rotina dele e agora ele teme ter que abandonar os estudos por falta de dinheiro "Com uma mensalidade de R$ 830,00, mais as despesas com aluguel e alimentação, fica muito difícil se manter na universidade diante deste crise financeira que minha famílias, que é do campo, atravessa" afirmou preocupado.

Já o estudante Weliton Garaffa também de Canarana e que cursa o 6º período do curso de agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), declarou que além da dificuldade financeira, outra grande preocupação é com seu futuro profissional dentro do mercado de trabalho "Se continuar do jeito que esta não vai ter mais vagas no mercado de trabalho na área de agronomia. Eu estou vendo muitos profissionais desempregados e colegas que se formaram não estão conseguindo emprego como agrônomo devido à crise do agronegócio",disse. Weliton lembra que mesmo estudando em universidade federal, os custos para se manter na cidade são altos e sem receita, a família não está tendo condições de bancar as despesas.

Cientes da gravidade da situação os jovens estudantes querem ajudar. Na sede da Famato eles expuseram ao presidente da entidade Homero Pereira o interesse em participar das manifestações que estão acontecendo no Estado. Marcelo disse que mesmo da capital é possível participar e ajudar as famílias que estão se manifestando pelo interior do Estado "o que nós queremos é participar e fortalecer o movimento 'Grito do Ipiranga' que já está dando certo e que, com a participação dos diversos segmentos da sociedade ganhará força nacional, já que a crise da agricultura é também a crise de toda a sociedade brasileira", afirmou Weliton.

O grupo de estudantes veio dos municípios de Sinop, Sorriso, Nova Mutum, Campo de Júlio, Comodoro, Canarana, e de Chapadão do SUL, eM Mato Grosso do Sul e Vilhena em Rondônia.





Fonte: Da Assessoria

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