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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 24 de Abril de 2006 às 12:50

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BRASÍLIA - O Ministério Público Federal promove nesta segunda-feira (24), em São Paulo, audiência pública para debater a implantação do sistema de televisão digital no Brasil. A democratização da informação e a inclusão social serão discutidas a partir das 13 horas por especialistas do governo e da sociedade civil.

O governo brasileiro ainda não anunciou qual será o sistema digital adotado para substituir a TV analógica. Os debates se dividem entre os defensores do padrão europeu de TV digital (DVB), do padrão japonês (ISDB) e do americano (ATSC).

Uma das exigências do Brasil para a escolha é a geração de empregos no país e a transferência de tecnologia. O governo japonês já se comprometeu a promover a transferência, apoiando as empresas japonesas em trabalhos no Brasil.

Em memorando assinado no último dia 13, o Japão se propôs a criar um sistema nipo-brasileiro de televisão digital, se seu sistema for o escolhido. Isto seria feito com a criação de um centro de desenvolvimento e os japoneses receberiam engenheiros brasileiros para treinamento.

Na semana passada, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que "agora a decisão depende do presidente Lula". Na mesma data, a televisão digital foi tema também de reunião do Parlamento Latino-Americano (Parlatino), na Argentina.

Investimento perdido? Há ainda os que defendem um sistema totalmente brasileiro: os estudantes de Engenharia de Telecomunicações do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) afirmam que, há dois anos, professores do Inatel - juntamente com outros 22 consórcios - desenvolvem um sistema que substituiria a importação.

Segundo os estudantes, o governo já investiu cerca de R$ 50 milhões nas pesquisas e uma das vantagens seria permitir a criação de novos canais e a regionalização da televisão.

De acordo com o Ministério das Comunicações, o processo de transição do formato analógico para o digital deve durar pelo menos dez anos. A expectativa é de que o novo equipamento chegue ao consumidor com preços que variam de R$ 100 a R$ 30 mil.

Nos casos mais baratos, bastaria comprar a caixa de conversão que pode ser acoplada à televisão já em uso. Nos mais caros, o consumidor pode comprar um aparelho produzido especificamente para a nova tecnologia. O governo estuda linhas de financiamento para facilitar o acesso da população.





Fonte: Agência Brasil

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