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Repórter News - reporternews.com.br
Agronegócios
Quarta - 12 de Abril de 2006 às 16:31
Por: Raquel Massote

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Mato Grosso registrou mais uma vez o crescimento no índice de cobertura vacinal contra a febre aftosa na primeira etapa de imunização deste ano. O índice foi de 96,06%, um crescimento de quase três pontos percentuais em relação à vacinação de fevereiro de 2005, que obteve cobertura de 93,61% do rebanho.

Os números da primeira etapa que envolveu o rebanho bovino de 5,49 milhões de cabeças de gado de 0 a 12 meses foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Secretaria de Desenvolvimento Rural. As entidades coordenam e fiscalizam a sanidade animal e obtém com a iniciativa privada, por meio do Fundo Emergencial contra a Febre Aftosa (Fefa), apoio para intensificar as ações para imunização da doença em solo mato-grossense.

Conforme ressaltou o presidente do Indea, Décio Coutinho, a evolução favorável demonstrada nessa etapa não tranqüiliza plenamente os órgãos oficiais, uma vez que a vigilância e o trabalho intensivo é que garantem a saúde do rebanho. Ele credita parte do resultado à insistência dos órgãos envolvidos em fiscalizar as propriedades, contudo, o índice abaixo do esperado em alguns municípios do Estado preocupa o instituto, que irá adotar estratégias diversificadas para superar tais índices.

Mais de 77 mil propriedades rurais realizaram a vacinação voluntária ou assistida, que ocorre quando o proprietário não realiza a imunização e esta é feita pelo órgão oficial. "Uma cabeça que fica sem vacina coloca em risco todo o rebanho, por isso buscamos certificar aquele produtor que age de forma correta e correr atrás daqueles que não vacinam em tempo hábil", afirmou Coutinho.

Oito municípios mato-grossenses registraram cobertura vacinal abaixo do índice aceitável, que é de 85%. Santo Antônio de Leverger, Várzea Grande e Nossa Senhora do Livramento, na Baixada Cuiabana, o que fez com que a cobertura da região reduzisse. Outros municípios como Alto Boa Vista, Vila Rica e Cocalinho, no Araguaia; e Nova Ubiratã, no Norte e Itiquira, na região Sul também reduziram o índice vacinal.

Na Baixada Cuiabana, que historicamente possui um índice geral menor em relação às demais regiões do Estado, o secretário executivo do Fefa, Antônio Carlos Silva credita tal situação em função do número de propriedades de fim de semana, em que os proprietários não estão em tempo integral no local. Outro fator é que muitas propriedades estão em áreas alagadas. Nossa Senhora do Livramento, por exemplo, obteve um índice de 79,39%.

Para melhorar esses números, o Indea vai realizar a vacinação assistida nas próximas etapas, que ocorrem nos meses de maio e novembro. E ainda, intensificar a campanha junto aos comitês municipais de vacinação.

“Os nossos índices estão bastante favoráveis, mas temos e vamos forçar uma participação mais ativa do produtor”, reforçou Décio.

Conforme observou o secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato, os números de Mato Grosso são semelhantes aos demais estados brasileiros que possuem rebanho livre da aftosa com vacinação e, portanto, colocas o estado em situação de destaque não somente na produção de carne, como na qualidade dos serviços de defesa sanitária.

Os órgãos internacionais de sanidade animal consideram satisfatório e aceitável o índice de cobertura vacinal na faixa de 85%, enquanto que para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) este índice deve ser de 90%, números que Mato Grosso obtém superiores em todas as etapas da campanha contra a aftosa.





Fonte: Diário de Cuiabá

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