Residencial é entregue sem água; DAE e construtora "lavam as mãos"

Os moradores do residencial São Mateus, em Várzea Grande, estão vivendo uma situação absurda. Eles receberam as casas concluídas no dia 29 de novembro de 2012, mas quando se mudaram descobriram que as torneiras estavam secas. Apesar de instalada a rede distribuidora, ainda não fizeram o teste e a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Avenida Júlio Campos, que abastecerá este e mais 30 bairros, ainda não está pronta.
 

Enquanto os moradores ficam com o prejuízo - comprando água e comprometendo a renda familiar - O DAE informa que a responsabilidade é da construtora Aurora, esta diz que a ETA ficará pronta apenas no final de fevereiro e  enquanto isso o DAE é responsável pelo abastecimento do residencial.
 

Há moradores em situação crítica, com pessoas doentes em casa, sem água para suprir as necessidades.Outros desistiram e foram para a casa de parentes, mantendo as casas fechadas, sujeitas a vândalos e ladrões.
 

Os caminhões pipa cobram R$ 20,00 para encher uma caixa e R$ 45 para duas caixas. Significa que cada residência acaba gastando, no mínimo, R$ 100 por mês, mesmo economizando muito.
 
 
 
O comércio de água tem enriquecido muitos comerciantes (dentre eles até políticos) em Várzea Grande. Nem sempre a água fornecida é potável, colocando em risco a saúde da população. Grande parte dos caminhões sequer têm identificação da empresa responsável pelo fornecimento, exibindo apenas um número de celular para pedidos.
 

Outro ponto que chama a atenção é a concessão de habite-se para um residencial inteiro sem abastecimento de água.Há, sem dúvida, interesses políticos e comerciais em jogo. Quem sofre as consequências é a população entregue à própria sorte em Várzea Grande.
 

O DAE, ao invés de atribuir a responsabilidade à construtora e "lavar as mãos", deveria se comprometer a enviar caminhões pipa, sem custo e regularmente, até que a ETA comece a funcionar.