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Agronegócios
Quarta - 05 de Abril de 2006 às 07:05

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“Chega de plantarmos no escuro. O governo deve nos dar pelo menos a garantia de que não teremos prejuízos com as colheitas”. O desabafo é produtor rural José Nilton Mafra, de Ipiranga do Norte.

Ele representa a indignação dos produtores de todo o município, a 65 km de Sorriso, e que não se resume apenas ao preço baixo na negociação. O que eles cobram é que o governo crie uma política agrícola (crédito de custeio, preços mínimos, etc) com expectativa de preços futuros e evolução da tecnologia agrícola e cambial. Assim, poderão optar pelo plantio ou não, mas assegurados de que pelo menos os gastos sejam cobertos.

Segundo Mafra, o custo de negociação das culturas na região de Sorriso é insuficiente até mesmo para cobrir os gastos da produção. “Nosso solo é infértil, depende de altos investimentos na adubação e fertilização, fazendo com que nossos custos de produção sejam mais elevados. Perdemos a competitividade e somos obrigados a negociar sem lucros”, disse.

Baseado no custo de produção estimado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a saca da soja deveria render ao produtor R$ 25 por hectare, com produção estimada de 56 sacas por hectare. Isso, para que o produtor consiga cobrir apenas suas despesas.

O estado de Mato Grosso tem uma produção média de 45 sacas por hectare. Entretanto, a oferta que o produtor recebe pela soja é de apenas R$ 14 ou R$15, insuficiente para cobrir os investimentos.





Fonte: ClicHoje

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