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Polícia Brasil
Quarta - 29 de Março de 2006 às 08:35

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O esquema de seqüestro e extorsão de empresários que levavam adolescentes para motéis pode ter feito mais vítimas. Na lista haveria proprietários de motéis e até hotéis.

Do quarto, as prostitutas do esquema ligavam para os integrantes do bando, que faziam a extorsão. Na saída do motel, os empresários eram rendidos e levados para uma espécie de cativeiro. Lá, eram obrigados a pagar o resgate. Caso contrário, a família iria saber que ele estava saindo com prostitutas adolescentes.

"Temos informações de que proprietários de motéis eram extorquidos pelo bando, que ameaçava chamar a polícia denunciado a presença de adolescentes no estabelecimento. Falta agora essas vítimas registrarem queixa", explicou o chefe de operações da Delegacia Municipal de Várzea Grande, o policial civil Edson Leite.

Pelo crime, os policiais prenderam o inspetor de menores Elifran da Silva e Silva, de 28 anos. Dois supostos cúmplices, o ex-inspetor Anaiss Santos da Silva e o ex-policial militar Edmilson Pereira da Silva, ainda não foram localizados. Para intimidar as vítimas, os três se passavam por policiais civis.

De acordo com as investigações, uma vítima teria sido obrigada a pagar R$ 6 mil. Os criminosos ainda teriam exigido outra parcela no mesmo valor. Como o dinheiro não foi pago, eles ameaçaram contar tudo para sua família. A vítima ficou de registrar queixa. "O problema é que as vítimas são empresários e profissionais liberais, geralmente casados e que não querem se expor. Diante da situação, acabam sendo presas fáceis", observou o chefe de operações.

O delegado Elias Daher informou que apenas uma vítima registrou queixa. "Trata-se de um empresário que, para ser libertado, teve que pagar R$ 10 mil. De início, o bando queria R$ 100 mil, mas aceitou reduzir o valor. A quadrilha ainda algemava as vítimas", explicou o delegado.





Fonte: Diário de Cuiabá

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