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Cidades/Geral
Segunda - 27 de Março de 2006 às 23:33

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Segundo a Organização Mundial de Saúde, apenas 1,8% dos brasileiros são doadores de sangue, sendo o índice ideal de 3 a 5%. Calcula-se que, se pelo menos 4% da população fosse doadora não haveria problemas de falta de estoque com conseqüentes mortes ou piora em quadros graves. Na classificação por sexo, os índices são menores entre o público feminino: 5% face a um ideal de 30% do total de doações. Mas, em Mato Grosso, de acordo com levantamento do MT-Hemocentro, sobre os primeiros meses do ano, em 2006, a doação feita por mulheres chegou a 37%. “Em 2005, já tínhamos um índice de 36%”, lembra a diretora geral do Hemocentro, Eliana Rabane.

Para a presidente da Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais – BPW Cuiabá, Sueli Batista, para aumentar os índices nacionais é preciso maior esclarecimento e mais campanhas segmentadas para a mulher. Ela aponta que, com a Campanha Sou Doadora de Vida, realizada pela Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais - BPW, pelo quinto ano consecutivo da BPW, feita todos os anos na semana da mulher, compreendendo os dias 7 a 11 de março, tem-se alcançado resultados bem interessantes de aumento das taxas. “Em 2005, de acordo com levantamento do Hemocentro, conseguimos superar a margem média de doação/dia em 70%; E, agora em 2006, alcançamos picos/dia de até 170 candidatos com 114 bolsas coletadas, quando, segundo o Hemocentro, regularmente a média/dia é de 80 bolsas”.

Uma das explicações para o menor índice de contribuição deste público nesta esfera está nos mitos sobre suas condições como doadora, principalmente no que se refere à menstruação. No entanto, como enfatiza a diretora técnica do MT-Hemocentro, a médica Carla Marques Rondon Campos, “idéias como a de que a mulher pode ficar anêmica com a doação, tendo em vista que a mesma menstrua, ou que é mais fraca que o homem para fazer a doação, são lendas”, enfatiza ela, lembrando que apenas em casos de gravidez e amamentação, a doação é contra-indicada.

Igualmente no sentido de romper com mitos e quebrar paradigmas, Sueli Batista lembra a pesquisa do Ministério da Saúde que aponta que, o menor índice de doações femininas está nas classes A e B, “por isso, fazemos a abertura da Campanha Sou Doadora de Vida no Goiabeiras Shopping, ou seja, com a idéia de motivar e conscientizar mulheres desta classe social, que é um público ocorrente em shoppings centers”.





Fonte: 24HorasNews

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