Apesar de parecerem nojentos, transplantes como esses representaram a cura para 15 de 16 pessoas que sofriam com infecções recorrentes da bactéria Clostridium difficile, enquanto so antibióticos curaram apenas três de 13 e quatro de 14 pacientes em dois grupos de comparação. O tratamento parece funcionar a partir da restauração do equilíbrio normal de bactérias do intestino, que combatem a C. difficile - responsável por doenças gastrointestinais como a diarreia e a colite. O estudo, conduzido na Holanda, é o primeiro a comparar os transplantes com a terapia padrão, à base de antibióticos.
A infecção é geralmente causada por antibióticos, que podem predispor a C. difficile ao matar bactérias normais do intestino. Se os pacientes forem então expostos à C. difficile, o que é comum em hospitais, o estado pode se agravar. O tratamento habitual envolve o uso de mais antibióticos, porém cerca de 20% dos pacientes costumam ter uma recaída, e muitos outros sofrem repetidos ataques, com diarreia, vômito e febre severos. As conclusões foram apresentadas em uma pesquisa publicada na última semana no The New England Journal of Medicine.
Os pesquisadores afirmam que, em todo o mundo, cerca de 500 pessoas com essa infecção passaram por um transplante fecal. O tratamento envolve diluir as fezes curativas com um líquido - como água salgada - e então bombeá-las para o trato intestinal através de um enema, colonoscopia ou um tubo que passa pelo nariz e vai até o estômago ou o intestino delgado.
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