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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quinta - 17 de Janeiro de 2013 às 18:00

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O transplante de fezes de uma pessoa saudável para o intestino de alguém enfermo pode curar rapidamente graves infecções intestinais causadas por uma espécie perigosa de bactéria que os antibióticos, sozinhos, nem sempre conseguem controlar. Transplantes fecais têm sido utilizados esporadicamente há anos como última alternativa para enfrentar uma infecção debilitante causada pela bactéria Clostridium difficile que mata 14 mil pessoas por ano nos Estados Unidos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano. As informações são do The New York Times.

Apesar de parecerem nojentos, transplantes como esses representaram a cura para 15 de 16 pessoas que sofriam com infecções recorrentes da bactéria Clostridium difficile, enquanto so antibióticos curaram apenas três de 13 e quatro de 14 pacientes em dois grupos de comparação. O tratamento parece funcionar a partir da restauração do equilíbrio normal de bactérias do intestino, que combatem a C. difficile - responsável por doenças gastrointestinais como a diarreia e a colite. O estudo, conduzido na Holanda, é o primeiro a comparar os transplantes com a terapia padrão, à base de antibióticos.

A infecção é geralmente causada por antibióticos, que podem predispor a C. difficile ao matar bactérias normais do intestino. Se os pacientes forem então expostos à C. difficile, o que é comum em hospitais, o estado pode se agravar. O tratamento habitual envolve o uso de mais antibióticos, porém cerca de 20% dos pacientes costumam ter uma recaída, e muitos outros sofrem repetidos ataques, com diarreia, vômito e febre severos. As conclusões foram apresentadas em uma pesquisa publicada na última semana no The New England Journal of Medicine.

Os pesquisadores afirmam que, em todo o mundo, cerca de 500 pessoas com essa infecção passaram por um transplante fecal. O tratamento envolve diluir as fezes curativas com um líquido - como água salgada - e então bombeá-las para o trato intestinal através de um enema, colonoscopia ou um tubo que passa pelo nariz e vai até o estômago ou o intestino delgado.





Fonte: Terra

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