O governo do Senegal anunciou no sábado (12) que enviará um contingente de 500 soldados a Mali, onde o Exército regular malinês, apoiado por tropas francesas, tenta deter o avanço dos grupos salafistas que controlam o norte do país.
"O presidente Macky Sall decidiu enviar um batalhão de 500 soldados para aumentar o combate contra o terrorismo, contra as organizações terroristas e outros grupos filiados", disse o ministro das Relações Exteriores, Mankeur Ndiaye, em declaração aos meios de imprensa.
Segundo Ndiaye, os soldados senegaleses se somarão aos efetivos enviados pela França e pela comunidade internacional, que apoiam o exército malinês, "para permitir a esse país irmão e amigo que recupere a integridade de seu território".
O ministro senegalês não deu mais detalhes sobre a agenda das tropas senegalesas desdobradas.
Nigéria, Niger e Burkina Fasso são os outros três países que até o momento confirmaram o envio de soldados a Mali para completar o contingente de 3.500 soldados que fazem parte do plano de intervenção conjunta (AFISMA), segundo confirmou à Agência Efe o porta-voz da Comissão da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), Sunny Ugoh.
Espera-se que essas tropas cheguem a Mali a qualquer momento", disse um representante da Cedeao, que não quis se identificar.
O desdobramento de tropas africanas em Mali foi autorizado em 20 de dezembro pelo Conselho de Segurança da ONU, inicialmente por um ano.
O norte de Mali, uma vasta região de 850 mil quilômetros quadrados, permanece à margem da autoridade de Bamaco desde que em 22 de março, um golpe militar derrubou o presidente malinês, Amadu Tumani Touré.
Com essa ação, os militares protestavam pela pouca atenção do governo de Mali com relação à rebelião dos tuaregue no norte do país, mas o golpe de Estado não fez mais do que agravar a situação nessa zona.
Aproveitando a falta de poder em Bamaco após a derrocada de Touré, o MNLA proclamou em abril a independência da região setentrional de Mali.
No entanto, diversos grupos jihadistas como Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), MUYAO e Ansar Al Din são fortes na região, onde estabeleceram uma versão rigorosa da lei islâmica
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