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Cidades/Geral
Terça - 07 de Março de 2006 às 08:52
Por: Aline Chagas

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Aproximadamente 18% de reajuste no transporte coletivo. Assim seria se o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, optasse por usar o valor considerado ideal (R$ 1,89) pelo estudo do Conselho Regional de Economia de Mato Grosso (Corecon), feito por três economistas e aprovado ontem pela manhã na reunião dos conselheiros. Mais três valores foram apresentados como alternativas, todos baseados no volume de usuários pagantes, usuários com descontos e gratuidade, quilometragem rodada produtiva e improdutiva dos últimos 12 meses e a frota em utilização.

A primeira tarifa encontrada pelos economistas Anaor Donizetti Carneiro da Silva, Aurelino Levy Dias de Campos e Fernando Tadeu de Miranda Borges, responsáveis pelo estudo e relatório, foi de 1,90. Os economistas chegaram a esse valor após corrigir dois problemas que encontraram no cálculo apresentado pela CPI dos Transportes no ano passado.

“O primeiro equívoco foi do número de veículos na frota. Quem fez o cálculo esqueceu de considerar o termo idade média da frota, como consta nos contratos entre empresas e prefeitura. O segundo equívoco foi o volume de passageiros, que nos últimos três meses está superior aos números apresentados anteriormente”, explicou o presidente do Corecon, Pepeu Garcia.

Segundo o presidente do Conselho, considerando o termo “idade média”, que no contrato está prevista entre 3,5 anos e 4,5 anos, o número de veículos da frota de Cuiabá sobe de 102 para 385. Já o número de passageiros pagantes, comentou Pepeu Garcia, teve um aumento considerável após a instalação da bilhetagem eletrônica, que passou a oferecer números mais reais e apontou um crescimento de 38,64% em relação ao primeiro semestre de 2005.

Baseados na metodologia do Ministério da Cidades, que considera a média de passageiros dos últimos 12 meses (portanto, entram os dados anteriores à bilhetagem), os economistas chegaram a R$ 2,14. A tarifa de 1,89, considerada “ideal”, levou em consideração apenas o volume de passageiros pagantes do último trimestre de 2005. O último valor apresentado foi o de 1,63, que seria possível apenas com desoneração tributária (com exceção do CPMF).

Pepeu Garcia frisou que para chegar a essas tarifas, foram levados em consideração os valores dos insumos apresentados pelas empresas e também os pesquisados pelos economistas, mas que por ser um estudo técnico, não foi levado em consideração qualquer problema de gestão das empresas, como atraso de pagamento, ou o impacto social do aumento da passagem.





Fonte: Diário de Cuiabá

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