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Cidades/Geral
Sábado - 04 de Março de 2006 às 07:51

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A reunião realizada ontem na sede do Incra com representantes do Projeto de Assentamento Bordolândia, o superintendente do órgão, Leonel Wohlfahrt, a procuradora do órgão de Brasília, Carlinda Ferreira Campos, e o ouvidor de Conflitos Agrários, Marco Aurélio da Rocha, não representou nenhum avanço no processo de desapropriação da fazenda Bordolândia de 57 mil hectares, na região nordeste de Mato Grosso. Há duas semanas, as 803 famílias que estão acampadas às margens da BR-158, próximo ao município de Ribeirão Cascalheira, fecharam a passagem da rodovia em protesto pela demora na definição do caso.

Conforme o representante do movimento, Sandro Paulo Barbosa, as conversas ao longo da reunião giraram em torno dos valores que o governo e os proprietários da área têm para fechar negócio. “O governo federal já repassou R$ 83 milhões aos donos da fazenda pelas benfeitorias. Mas a empresa (Açucareira Santa Rosa) tem uma dívida de R$ 145 milhões com o governo federal, de INSS e com o Banco do Brasil, e quer trocar a fazenda por esse valor, o que o governo federal não concorda”.

O trabalhador rural também informou que uma reunião será realizada na próxima semana, em Brasília, com o presidente do Incra, a procuradora Carlinda e o desembargador federal, Tourinho Neto, pela tentativa de agilizar o processo de liberação da área.

Em setembro do ano passado, as 1.430 famílias que deveriam estar morando na fazenda chegaram a receber a emissão da posse. “Oito dias depois que emitimos a posse, veio uma decisão do STF impedindo o ato. O juiz pediu uma nova perícia da área e já designou o perito. Tudo que pudemos fazer foi pedir para que a perícia acontecesse o quanto antes e estamos aguardando a decisão”, informou Wohlfahrt. (NW)





Fonte: Diário de Cuiabá

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