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Sexta - 24 de Fevereiro de 2006 às 07:18
Por: Luciene Oliveira

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Incentivar a pequena produção e sua comercialização direta por parte dos agricultores familiares em uma rede diversificada de alimentos, são objetivos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) com a implantação do Centro de Comercialização da Agricultura Familiar.

O primeiro passo já foi dado com a abertura de licitação, publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 17, para tomada de preço das empresas especializadas em obras de construção civil destinada a construir o Centro de Comercialização da Agricultura Familiar. A tomada de preço vai ocorrer dia 13 de março, a partir das 14h30, na Sinfra.

O segundo passo, explica o secretário-adjunto de Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Jilson Francisco da Silva, será a contratação de uma empresa especializada em pesquisa de mercado que vai ajudar a identificar os tipos de produtos a serem cultivados e a sua saída no mercado. “Isso vai identificar a real potencialidade da Central”, ressalta.

Para Jilson, o estudo desenvolvido pela empresa servirá também para orientar os municípios e os agricultores para o cultivo de determinados produtos, informando a quantidade certa para atender o mercado e evitando o desperdício da safra.

A Central contará ainda com um sistema de informações unificado que vai permitir a elaboração e o cruzamento de dados entre os municípios, auxiliando a formação de mapeamentos das regiões de cultivo, estudos de produção programada e rotas de escoamento. No soltware a ser desenvolvido especialmente para a Central de Mato Grosso, todos os produtos expostos na ceasa mato-grossense estarão disponíveis online para consulta de preços e ofertas.

A aquisição dos equipamentos será feita através de licitação que inicialmente vai beneficiar com 29 conjuntos de informática, os 13 municípios da Baixada Cuiabana e as 16 cidades do Portal da Amazônia, que estarão interligados por uma central de informática. O soltware vai integrar os municípios com informações de pólos produtivos, safras, melhoramento do solo e padrão de qualidade.

O Centro de Abastecimento será voltado para o atendimento do agricultor familiar, cuja produção agrícola esteve sempre ligada a falta de políticas destinadas à comercialização direta dos seus produtos, muitas vezes prejudicada pelos atravessadores.

Os expositores selecionados passarão por um curso de capacitação com orientações sobre o cultivo, armazenamento, refrigeração e padrão de qualidade dos produtos. “Nós vamos ter que criar condições para que o agricultor consiga produzir o ano inteiro”, frisa Jilson. Para isso o pequeno agricultor terá também que estar atento às tecnologias de produção. “Eles vão ter que absorver a tecnologia de produção, melhorar a qualidade do solo. Aquele agricultor que não tiver a compreensão que precisa melhorar a sua produção vai ficar de fora”, disse.

Para entender como funciona uma central de abastecimento cerca de 40 lideranças e técnicos do município farão um estágio na Ceasa de Belo Horizonte para conhecer toda a estrutura da central daquele Estado.

O recurso para construção da obra é uma parceria dos governos federal e estadual e está orçado em R$ 1 milhão. O Centro de Comercialização será construído numa área de 50 hectares, localizada na rodovia Mário Andreazza, em Várzea Grande.

A estrutura física terá mais de três mil metros de área construída, a qual está voltada para atender a rede de supermercados atacadistas e varejistas do Estado. O pavilhão terá três grandes câmaras frias e 150 boxes de dois metros quadrados por quatro metros, que vão funcionar em sistema rotativo. A previsão é estar com toda a obra finalizada no mês de junho deste ano.





Fonte: Assessoria/Intermat

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