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Polícia Brasil
Quarta - 22 de Fevereiro de 2006 às 07:20
Por: Adilson Rosa

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Os três militares envolvidos no assassinato do vendedor Jaciel Monteiro Lopes, de 19 anos, ocorrido no domingo à noite na região do Pedra 90, estão presos administrativamente. Desde ontem, o cabo Rodolfo Santa, o “Cona”, além dos soldados Alvino e Mazoni estão recolhidos no 1o Batalhão da Polícia Militar até que o oficial responsável pelo inquérito policial militar solicite a prisão preventiva dos três.

Caso a prisão seja decretada, eles serão encaminhados para o Cadeião de Santo Antônio de Leveger, onde funciona um presídio militar. A prisão administrativa foi determinada pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Leovaldo Salles.

Anteontem os policiais fizeram uma reconstituição do caso e um oficial da PM que esteve no local disse ter constatado uma série de contradições em relação à versão inicial dos militares. A primeira é que, de acordo com marcas dos pneus dos carros, não houve perseguição alguma.

“Não havia marcas de manobras arriscadas. Ninguém virou o carro de maneira brusca após a ponte. Havia manobras comuns, mas sem indícios de perseguição”, revelou o oficial. Outro detalhe contraditório dos três PMs que estavam na viatura em que levavam Jaciel: não houve dois locais de confronto, mas apenas um.

No boletim de ocorrência, consta confronto com os bandidos em dois locais diferentes. Para completar, o oficial não encontrou marca alguma de pneus de motocicleta. A viatura foi atingida na parte traseira por três tiros de escopeta e dois deles acertaram Jaciel.

Anteontem à tarde, policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local, próximo de uma ponte de concreto após a estância Nossa Senhora da Glória, na região do Aricá. Os policiais recolheram 12 capsulas calibre 12, espalhadas pela estrada.

Para a delegada Sílvia Pauluzi, que chefia as investigações, os laudos é que serão conclusivos e vão esclarecer a morte do vendedor. Com isso, será possível saber de onde partiram os disparos.

“O laudo do local onde ocorreu o confronto permitirá saber o que houve por lá. Com o laudo da viatura será possível saber a distância que foram disparos os tiros que atingiram o veículo. E por último o das armas, que vai comprovar se os disparos que acertaram a viatura saíram das armas que estavam com os PMs ou não”, informou.

Anteontem a delegada recebeu uma escopeta calibre 12 e três pistolas 040 que os militares usavam no momento em que houve a suposta emboscada. As armas serão periciadas e o resultado será conhecido em 30 dias.





Fonte: Diário de Cuiabá

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