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Segunda - 13 de Fevereiro de 2006 às 11:06

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Está marcada para amanhã, às 7h, a exumação do corpo do juiz Leopoldino Marques do Amaral no cemitério de Poconé. Peritos querem saber se o corpo enterrado naquele local é mesmo do juiz, morto em setembro de 1999. A decisão da justiça de exumar o corpo é devido à declaração da ex-escrevente Beatriz Árias de que Leopoldino do Amaral está vivo.

A exumação estava prevista para acontecer sábado passado, mas peritos do Instituto Médico Legal (IML) não a realizaram porque chovia no local. "Precisamos esperar a mudança do tempo para prosseguirmos. Com o tempo chuvoso é impossível a realização da exumação", disse, no sábado, o delegado Luciano Inácio, que coordena os trabalhos.

Entenda o caso

O juiz Leopoldino Marques do Amaral pode estar vivo. Pelo menos é o que afirmou a escrevente Beatriz Árias em depoimento à justiça na semana. Ela é acusada de ser co-autora do assassinato do magistrado. Em Cuiabá, o legista que trabalhou no reconhecimento do corpo do juiz é enfático: Leopoldino está morto. A família do magistrado também contesta o depoimento de Beatriz Árias.

Leopoldo Gattas do Amaral, filho do juiz, diz não ter dúvidas de que o corpo enterrado em Poconé é mesmo do pai dele. "Para a família, a gente vê como o corpo sendo dele, mediante fotos, mediante tudo, mediante a minha presença o reconhecendo. Para a família é dado como fato ele morto", afirmou.

O médico legista que fez a autópsia no corpo de Leopoldino explica que o reconhecimento foi feito de quatro formas: dois exames de DNA, arcada dentária e impressões digitais. "Não podemos ter nenhuma dúvida a não ser se houve uma segunda ressurreição. A primeira, de Jesus Cristo, e a segunda, do Leopoldino", ironizou.

O caso

O corpo que seria do juiz Leopoldino do Amaral foi encontrado com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado no dia 5 de setembro de 1999, na cidade de Concepción no Paraguai. Na época a família fez o reconhecimento do corpo.

Dois anos depois a escrevente do Tribunal de Justiça foi condenada pelo tribunal do juri há 12 anos de prisão por co-autoria no assassinato. Marcos Peralta, tio de Beatriz, foi apontado como o autor dos tiros que mataram o juiz. Ele foi preso no Paraguai, mas morreu antes de ser extraditado para o Brasil.

O empresário Josino Guimarães acusado de ser o intermediador no crime não foi julgado até hoje. As investigações nunca chegaram ao mandante da execução.

Meses antes de ser assassinado o juiz Leopoldino havia denunciado desembargadores de Mato Grosso de estarem vendendo sentenças. "Não tenho medo de nada, quando eu denuncio uma coisa eu vou até o final. Então eu não vou parar a não ser que eles me matem".

Ele foi acusado ainda de desviar dinheiro da Vara de Família e Sucessões da qual era titular.





Fonte: RMT Online

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