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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 09 de Fevereiro de 2006 às 15:16

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Correntistas da Caixa Econômica Federal (CEF), estão diante de um fantasma: uma quadrilha especializada em clonagem de cartões magnéticos. Cinco pessoas, todas vítimas de crime de estelionato eletrônico, registraram ocorrência entre às 17h34 e às 21h55 de ontem no plantão de Registro de Ocorrências da Delegacia Metropolitana. Uma das vítimas perdeu R$ 3 mil.

A autônoma Maria Auxiliadora Mendes, de 45 anos, moradora do bairro Bosque da Saúde já perdeu mais de R$ 5 mil nos últimos dias para a quadrilha. Na primeira vez, segundo ela, foram R$ 2,3 mil e ontem ela descobriu que foram retirados indevidamente de sua conta corrente da CEF exatos R$ 3 mil.

Os bandidos sacaram R$ 1 mil em uma agência lotérica. Transferiram R$ 1 mil da conta de Maria Auxiliadora para outra conta, e ainda fizeram um pagamento de R$ 1 mil. “Isso não foi a primeira vez. Dias atrás sacaram mais de dois mil. Conheço outras pessoas, inclusive um advogado que também foi vítima”, testemunhou Maria Auxiliadora.

Assustada, a autônoma conta ainda, que tem quase certeza que o cartão magnético dela foi clonado dentro de um grande supermercado de Cuiabá. “Não costumo usar esse cartão para compras. No sábado (4), fiz uma compra de pouco mais de trinta reais e passei este cartão da Caixa e o débito caiu na segunda-feira (6). Por isso tenho 99% de certeza que a clonagem foi feita no supermercado”, afirmou Maria Auxiliadora.

O advogado que Maria Auxiliadora citou também confirmou o saque indevido em sua conta corrente da Caixa. Ele pediu para não ser identificado, mas garantiu que “essas coisas vão continuar a acontecer por vários motivos. Os dois principais são: a falta de uma investigação rigorosa, e as brechas da lei que não pune os bandidos severamente, dando folga para a impunidade e para a formação de quadrilhas eletrônicas”, desabafou o advogado.

O advogado também citou e que a maioria das vítimas cita: os cartões estão sendo clonados durante compras em lojas, supermercados e postos de gasolina. A maioria dos saques,s egundo as vítimas, está sendo feito em agências lotéricas.

A comerciante Cleusa Lúcia Roriz, 48, dona de uma pequena loja no bairro Santa Isabel, também foi uma das vítimas. R.M.M.L.C., 53, teve dois saques em sua conta da Caixa e perdeu para os bandidos mais de R$ 1 mil. O promotor de vendas Rubens Rodrigues de Almeida, 25, também teve o cartão dele clonado.

Pelo menos cinco vítimas entrevistas, todas afirmaram que a Caixa Econômica Federal (CEF), não criou problemas para repôr o dinheiro nas contas.

NA CONTRA-MÃO

As queixas-crime de estelionato estão sendo registradas, mas as investigações da Polícia Civil ainda não começaram devido a greve dos escrivães e investigadores. Enquanto os bandidos se aperfeiçoam e se especializam, a Polícia anda para trás, na contra-mão da tecnologia. Falta justamente uma delegacia especializada para investigar esse tipo de crime, que avança em todo o país com a formação de quadrilhas cada vez mais sofisticadas.

A Delegacia de Estelionato, que deveria ser ampliada, informatizada e completa com uma equipe de delegados, escrivães e investigadores especialistas e com constantes cursos em crime de estelionato, simplesmente foi extinta.




Fonte: 24 Horas News

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