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Cidades/Geral
Terça - 31 de Janeiro de 2006 às 13:41
Por: Edimar Santos

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Em visita ao município de Campo Novo do Parecis nos dias 26 e 27/01 o engenheiro florestal, Flávio Pereira Silva, doutor em silvicultura pela Universidade de Viçosa (MG), participou de uma reunião no Condomínio Marechal Rondon onde ministrou palestra voltada aos produtores rurais do município. A palestra teve a presença do também produtor e prefeito municipal Sérgio Stefanelo e do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Antônio Bandeira.

Engenheiro Florestal e responsável pela introdução da leguminosa “Acácia Mangium” no Brasil, Flávio Pereira apresentou um breve histórico da espécie vegetal, que apesar de ainda ser pouco conhecida na região desperta interesse por ser uma das alternativas buscadas insistentemente pelo município no sentido de diversificar e buscar verticalizar a produção das propriedades rurais e consequentemente a economia do município.

A acácia mangium, é uma árvore de altíssima capacidade de crescimento (5 metros por ano, nos primeiros anos) e produz madeira de grande valor no comércio internacional. Em países da Ásia, vem sendo empregada em substituição à Teca, com grande vantagem e maior lucratividade. Na Índia especificamente, um hectare da espécie tem dado rendimento de até US$ 90.000. Considerando-se ainda que podem ser aproveitados outros produtos como a madeira do desbaste, o tanino extraído da casca, o mel das folhas e flores, forragem para animais (41% de proteína), contando ainda o extraordinário beneficio ambiental.

Além da celulose e papel, sua madeira presta-se aos mais variados usos no campo, nas cidades e nas industrias de base florestal, como fabricação de móveis de excelente qualidade, tábuas, mourões, portas, caixotarias,carvão, madeira-cimento, aglomerados, laminados, adornos, lenha, tábua de fibra de madeira e cimento, construção de moradias e confecção de substrato para cultivo de cogumelos comestíveis da espécie Shiitake.

Experiências em Minas Gerais, em solos eroditos de topo de morro, resultaram na produção de 320 m3 de madeira por hectare, 06 anos após implantada a floresta. As árvores adultas alcançaram até 45 m de altura e 1,10 m de diâmetro, sendo que as sementes produzidas caem ao solo e germinam abundantemente, após o corte da floresta, dando origem a um novo reflorestamento.

Profissional com 20 anos de pesquisa, Flávio Pereira mostrou entusiasmo com o potencial da região lembrando exemplos de sucesso já no Brasil, como no estado de Roraima, onde um projeto inclui uma fábrica de celulose onde serão processados mais de 30.000 hectares da espécie. (Colaborou Antônio Bandeira).





Fonte: Da Assessoria

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