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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 31 de Janeiro de 2006 às 07:30

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Os três mil hectares da unidade prisional agrícola de Palmeiras, no município de Santo Antônio de Leverger, serão destinados ao programa Nossa Terra, Nossa Gente, desenvolvido pelo Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat). O anúncio foi feito pelo governador Blairo Maggi durante reunião com a comunidade da agrovila, nesta segunda-feira (30). O Governo decidiu desativar o presídio.

O programa Nossa Terra, Nossa Gente já assentou no campo mais 4 mil famílias em todo o estado e destina-se a famílias pobres cujos chefes possuam conhecimento agrícola e tenham mais de 45 anos. Na agrovila de Palmeiras, o Intermat já iniciou um levantamento para a medição e divisão da área.

O segundo passo será, depois da desativação e desocupação da área que pode abrigar até 120 famílias, conforme o presidente do órgão, Jair Mariano, promover junto com a associação de moradores a seleção dos beneficiários.

“Esse programa é para homens e mulheres que precisam de um pedaço de terra para trabalhar e produzir. Aqui será desenvolvido em uma terra fértil, altamente produtiva, pois a região já foi a responsável por abastecer Cuiabá com a produção de mandioca. E a presença do Estado se fará aqui tanto na seleção quanto na condução e no desenvolvimento do programa”, afirmou Jair.

Ratificando o que disse o presidente do Intermat, o governador Blairo Maggi lembrou aos moradores que, além da desativação do presídio, que busca levar tranqüilidade à região, a idéia de destinar a área ao programa vem ao encontro da idéia central do Nossa Terra, Nossa Gente, que é fixar no campo aquelas pessoas que já lidaram com a agricultura. “São para aqueles que vivem no campo e comprovadamente têm noção de como lidar com uma pequena propriedade”, acrescentou o governador.

REIVINDICAÇÕES - Maggi avaliou ainda outras reivindicações dos moradores, dentre elas a pavimentação de uma estrada vicinal, ligando a agrovila até a entrada para a pousada das Águas Quentes e a reforma da escola estadual da localidade.

“É um caminho alternativo. O Governo irá fazer um estudo para saber o que é possível e discutir quando podemos implantar o projeto, pois antes da tomada definitiva da decisão precisamos saber quanto custa e a situação ambiental, pois há um parque nas proximidades da estrada”, afirmou o governador. Ele solicitou ao secretário de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti, que conduza o projeto de pavimentação. Da agrovila até a entrada das Águas Quentes são 10 quilômetros de estrada vicinal. Conforme a solicitação dos moradores, a passagem por dentro da agrovila contribui para a a redução do tráfego em um dos trechos considerados mais perigosos da Serra de São Vicente.

Quanto à escola, Maggi afirmou que irá verificar com a Secretaria de Educação sobre a possibilidade de reforma, incluindo a pintura da unidade escolar e também da quadra poliesportiva. Da instalação de uma torre de telefonia móvel, o governador garantiu aos moradores que fará gestão política junto às empresas detentoras de concessão, pois a decisão não cabe ao Governo.

Considerando novamente sobre a desativação do presídio, Maggi voltou a enfatizar a tomada da decisão política e os encaminhamentos jurídicos que o Estado irá tomar. “Vamos encaminhar agora juridicamente, pois vontade e determinação não vão faltar, uma vez que a estrutura e os gastos são absurdos. O Estado está praticamente jogando dinheiro fora, pois há 20 agentes prisionais, além da direção do presídio, para cuidar de 47 reeducandos”, avaliou.

Após a reunião com os moradores, Maggi visitou o presídio agrícola e depois as instalações de uma empresa captadora e envasadora de água mineral que já está instalada na agrovila. A fonte da água é próxima à serra e a empresa inicia neste mês a distribuição do produto.




Fonte: Secom - MT

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