Investigadores e escrivães param as atividades por 24h

Investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil vão paralisar as atividades hoje em protesto contra a falta de resposta do governo à reivindicação de aumento salarial. A paralisação vai durar 24h e começa às 8h desta quarta-feira. Existe também a possibilidade de que seja deflagrada uma greve da categoria a partir de sexta-feira caso as reivindicações não sejam atendidas. Atualmente há em Mato Grosso 2.000 investigadores de polícia e 300 escrivães.

A decisão de paralisar as atividades foi tomada durante uma assembléia da categoria realizada ontem. A intenção dos policiais é chamar a atenção do governo para o problema. Para o presidente do Sindicato dos Investigadores e Agentes Carcerários (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva, a discussão sobre o reajuste salarial já dura mais de um ano. Ele argumenta que no mesmo período outras categorias tiveram reajuste ou conseguiram gratificações, como os fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda e delegados de polícia.

"A partir de 8h, 100% do serviço nas delegacias estarão paralisados. Queremos o reconhecimento monetário da carreira de escrivão e de investigador como nível superior", diz Genima Evangelista, presidente do Sindicato dos Escrivães. Além disso, a categoria quer que o governo pague adicional noturno, publique no Diário Oficial a lista dos promovidos e forneça vale transporte.

Cledison afirma que é exigido dos escrivães e investigadores que tenham nível superior, mas que o salário não está compatível com essa cobrança. Enquanto em outros setores o salário inicial é de R$ 1,8 mil, para investigadores o salário é de R$ 1,2 mil.